Qual é a hora em que o teu cérebro está receptivo?

Por Lídia Amorim, gestora de Marketing na Chaviarte

Será que o Marketing é assim tão científico a ponto de saber qual é a melhor hora a que o cérebro humano está receptivo a receber publicidade?

Bem, todos sabemos que há horas do dia em que estamos mais relaxados e que o relaxamento nos leva, entre muitas outras coisas, a ter tempo para redes sociais, utilizar serviços de streaming, ler uma revista, vaguear entre os enleios da web ou então “zappear” entre canais televisivos. Mas… será que sabemos assim tanto sobre a mente humana a ponto de saber que o meu utilizador está receptivo à minha campanha de marketing às 9h01 das manhãs de segunda-feira?

Acredito que as métricas e as análises que a web nos fornece e permite fazer é de grande ajuda a definir estratégias, mas será que o Marketing é assim tão cientifico?

Nenhuma marca é igual a outra, mesmo entre marcas concorrentes e por conhecimento científico também sabemos que nenhuma mente é igual a outra. Não temos todos os mesmos hábitos e sabemos que uma boa percentagem do seguidor na web é um mero follower. Entre seguidores e consumidores, haverá sempre uma grande distância e acho que o maior erro que o marketeer pode fazer é este: seguir as regras gerais.

A experiência diz-me que a experiência dos outros é válida, mas nunca é sólida.

Aquilo que funciona com o outro pode não funcionar comigo.

Somos assim todos tão iguais?

Quem me diz que as 9h01 de segunda-feira é a hora a que o meu consumidor está receptivo para receber a minha publicidade, o meu marketing, só porque é a hora a que existe mais “afluência”?

As 21h são o horário nobre das televisões portuguesas porque existem muitos portugueses em casa, mas eu a essa hora estou a ver séries num qualquer serviço de streaming… E agora? Estou em casa, mas a consumir streaming.

A minha proposta passa por não nos guiarmos pelos parâmetros gerais que a web nos fornece e sim, primeiro que tudo, conhecer o consumidor e os seus hábitos no que toca à minha marca.

Muitos marketeers passam dias escondidos atrás de computadores, métricas, análises, pesquisa, mas será que não deveríamos estar onde está o nosso consumidor? E não me venham dizer que está na web porque ainda vejo muitas pessoas na rua.

Pensa nisto!

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