Qual a importância do comércio electrónico no retalho?

Os desafios e oportunidades que o comércio electrónico representa no universo FMCG (fast-moving consumer goods) foram alvo de discussão na mais recente conferência da Centromarca em parceria com a Católica Lisbon School of Business & Economics. Uma das conclusões é de que o potencial está lá e que, «embora ainda represente uma parcela menor do mercado global, o respectivo crescimento, apenas em 2014, ultrapassou os 28%», segundo Pedro Pimentel, director-geral da Centromarca, citando dados da Kantar.

A conferência “Do Convencional ao Digital: e-Commerce no FMCG mostra-se cruel para os retardatários” evidenciou ainda que o comércio electrónico é uma ferramenta essencial neste mercado. Rita Coelho do Vale, docente da Católica-Lisbon, considera que o e-commerce «permite aos retalhistas uma nova porta de interacção junto dos consumidores, alargando as possibilidades de contacto e fomentando a multicanalidade». A docente acrescenta que para os fornecedores também existem benefícios: «Especialmente para as empresas nacionais dos sectores do grande consumo, a via digital oferece alternativas para fazer chegar os seus produtos aos consumidores e potencia a penetração em mercados externos, mais facilmente do que aconteceria pela via convencional.»

Outra das conclusões a retirar partiu de Pedro Pimentel. O director-geral da Centromarca afirmou que os clientes compram duas a três vezes mais no digital do que nos pontos de venda físicos e que também a lealdade aumenta até três vezes relativamente ao retalho convencional. «Daí a urgência deste tema: o mercado FMCG digital é demasiado cruel para os retardatários.»

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