Quais serão as marcas mais afectadas pelo COVID-19?

Um estudo realizado pela Brand Finance indica que a economia global deverá perder cerca de um bilião de euros como consequência da pandemia que o Mundo enfrenta actualmente. O sector da aviação será o mais afectado pelo novo coronavírus: as empresas desta indústria já perderam perto de 185 mil milhões de euros em assistência aos clientes. Só a Boeing já perdeu 55 mil milhões de euros.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) prevê que a maioria das empresas do sector apresente quebras dentro de dois meses como resultado do encerramento das fronteiras. A lista de sectores mais afectados conta ainda com petróleo e gás, turismo e lazer, restauração e, por fim, retalho.

No que ao luxo diz respeito, a Brand Finance indica que a indústria já está a sentir os efeitos imediatos da pandemia, uma vez que a maioria dos gastos tinha origem na China (onde o surto teve origem).

Destaque ainda para os potenciais efeitos ao nível de patrocínios, nomeadamente no campo do desporto. Com o cancelamento ou adiamento de grandes competições como Europeu de Futebol ou Jogos Olímpicos, as marcas poderão repensar alguns dos acordos estabelecidos.

No sentido inverso, serviços de entrega ao domicílio, plataformas de videoconferência e meios digitais não deverão sofrer numa proporção tão elevada. Podem até ver a procura subir, tendo em conta as novas necessidades dos consumidores – tanto em termos de entretenimento como de trabalho remoto.

«A dura realidade é que muitas marcas não vão alcançar os seus objectivos para 2020 devido aos desafios sem precedentes do surto de coronavírus. Espera-se que os credores possam oferecer flexibilidade e liquidez adicionais», comenta Teresa de Lemus, directora-gerente da Brand Finance Espanha.

A análise tem por base uma avaliação do impacto do surto de COVID-19 no valor empresarial de algumas das maiores empresas. Comparou os dados verificados a 18 Março com os que tinha recolhido a 1 de Janeiro para perceber a evolução.

É a partir desta avaliação que a Brand Finance estima o impacto do vírus em diferentes marcas e sectores de actividade, sendo que cada sector foi dividido em três categorias (segundo a gravidade da perda de valor empresarial).

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