Quais são as tendências que vão mudar o sector da beleza? L’Oréal responde

A indústria cosmética viveu grandes mudanças nos últimos anos, trazidas pelo surgimento de novos competidores e hábitos de consumo no comportamento dos clientes. Depois de uma fase complicada, causada pela pandemia, o sector recupera agora os níveis pré-Covid. No caso concreto do Grupo L’Oréal, a empresa encerrou o ano passado com mais de 38 mil milhões de euros em vendas a nível mundial, o que se traduz num aumento de 19,1%.

O cluster ibérico L’Oréal Portugal e Espanha celebra agora um ano e supera os mil milhões de euros em vendas. «O ano de 2022 foi muito positivo. Alcançámos o objectivo dos mil milhões de euros a que nos propusemos para 2023 ainda no ano passado. Somos o quarto mercado da Europa e, ainda para mais, ganhámos quota de mercado em todas as categorias estratégicas», diz, citado pela Marketing News, Juan Alonso de Lomas, director-geral do cluster.

E para que os resultados continuem a aparecer, a L’Oréal vai focar-se especialmente em três tendências que considera serem determinantes para o futuro da indústria. A primeira é o envelhecimento da população, o que impactará as necessidades dos consumidores e o tipo de produtos que procuram.

Contudo, o conceito de beleza tem vindo a mudar cada vez mais, estando agora mais ligado à saúde mental. A ideia do bem-estar é agora aquela que domina. «Além de procurarem ingredientes naturais, os consumidores usam produtos de beleza para se sentirem bem com elas próprias», afirma Guillaume Sonolet, Chief Marketing Officer da empresa.

A sustentabilidade é a última das tendências que está a transformar a oferta e a forma como o sector trabalha. «40% dos consumidores consideram-se eco-activistas e procuram alternativas no linear. Já não comparam apenas os ingredientes activos dos produtos, mas também as diferentes propostas de valor das marcas.»

Para as empresas do sector há dois público-chave: os Baby Boomers e a Geração Z. Se os primeiros ligam mais a beleza ao bem-estar, os segundos vêem nisso diversão e poder. Mais de 40% dos compradores do segmento têm mais de 55 anos, contudo, a faixa etária entre os 15 e os 24 anos são muito mais dinâmicos, embora gastem menos dinheiro.

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