PT e Cofina juntas em Correio da Manhã TV

A oferta base do Meo será reforçada no primeiro trimestre de 2013 com o Correio da Manhã TV (CM TV), um canal generalista falado em português, que resulta de uma parceria firmada ente a Portugal Telecom (PT) e a Cofina.

O Correio da Manhã TV, que contará com estúdios próprios e uma equipa exclusiva de 80 pessoas, terá emissão 24 horas por dia. A grelha contemplará conteúdos informativos mas também entretenimento e cultura, sempre com vista à aposta nos «novos valores multimédia em Portugal», como aliás referiu Zeinal Bava, presidente executivo da PT.

Com emissão diária em português e produção totalmente nacional, o Correio da Manhã TV será um espelho das sinergias entre os diferentes títulos do Grupo Cofina. O projecto contará, assim, com informações de meios como Jornal de Negócios, Record, Sábado, Máxima, Destak, Metro, Semana Informática, GQ, TV Guia, Flash e Automotor, que darão um contributo nas suas áreas de especialidade. Entre todos os títulos do grupo de media liderado por Paulo Fernandes, serão mais de 450 os jornalistas que trabalharão na produção de conteúdos para o novo canal.

A vertente editorial da Cofina e o know-how tecnológico do Meo sairão também reforçados pelo desenvolvimento de aplicações interactivas, para as várias publicações do grupo. Até porque, como asseverou Zeinal Bava, o objectivo passa por fazer com que os utilizadores deixem de ser passivos e passem a «desenhar o seu próprio canal de TV».

Sendo o CM TV um canal integrado num serviço de televisão por subscrição, serão essas as suas receitas iniciais, e não as de publicidade, pelo menos numa primeira fase, como destaca Paulo Fernandes, presidente do grupo Cofina. «Com o desenrolar do projecto obviamente que teremos mais ambição na frente publicitária, mas isso será mais a médio prazo», garantiu.

Quando questionado sobre as vantagens do projecto CM TV para o Correio da Manhã, o seu director, Octávio Ribeiro, reforçou que o título entrará numa plataforma que «é a que mais vai crescer nos próximos três/quatro anos». «E quando digo crescer estou a falar de várias vertentes, desde o aumento do consumo até ao investimento publicitário. O Correio da Manhã precisava de sair do papel. Está na internet, mas faltava-lhe este elo, que é a televisão», reforçou o director, adiantando ainda que o desígnio do projecto não será servir de tábua de salvação para as quebras no investimento publicitário. Será, antes, «crescer, fazer com que os seus conteúdos ganhem movimento na televisão e criem emprego». Já o investimento alocado à criação do canal, o responsável preferiu não revelar.

Recorde-se que esta não é a primeira tentativa do Grupo Cofina de ingressar no universo televisivo. Há pouco mais de um ano a Ongoing Media, a Cofina Media e a Zon Multimédia juntaram-se para lançar em Portugal o uMan, um reality show em cujo conteúdo os telespectadores poderiam participar. Entretanto, o projecto acabou por ser adiado, «por falta de apoio publicitário», explica Paulo Fernandes.

Texto de Daniela Domingos

 
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