Primeiro Museu do Holocausto na Península Ibérica abre portas no Porto
É já no próximo dia 20 que é inaugurado o primeiro Museu do Holocausto na Península Ibérica. Fica no Porto e resulta de um trabalho desenvolvido pela Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP), que pretende retratar a vida judaica antes do Holocausto, mas também a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, a libertação e o pós-guerra, entre outros temas.
Para isso, foram reproduzidos os dormitórios de Auschwitz e criadas salas de homenagem, além de um cinema, sala de conferências e centro de estudos. Há também corredores com a narrativa completa deste momento da História, à imagem do Museu do Holocausto de Washington, nos EUA.
O museu é tutelado por membros da comunidade judaica da cidade Invicta cujos pais, avós e familiares foram vítimas do Holocausto. Para garantir que esta memória não é apagada, estão previstas também parcerias de cooperação com outros museus, nomeadamente de Moscovo, Hong Kong, EUA e países europeus.
«Este impressionante Museu do Holocausto é um testemunho da herança e resiliência judaicas. Que ele sirva de farol para Portugal e para o resto da Europa», afirma Charles Kaufman, presidente da organização de direitos humanos B’nai B’rith International.
Já Hugo Vaz, curador do Museu do Holocausto do Porto, sublinha o lado educativo do espaço: «São esperados cerca de 10 mil alunos por ano, o mesmo número que, antes da pandemia, costumava visitar a Sinagoga.»