Primeiro Ministro: ‘O Estado vai atuar do lado da procura, vamos estimular a sociedade, as pessoas, os jovens a irem à procura da informação”

O Primeiro Ministro abriu a conferência sobre o Futuro dos Media que está a decorrer no Hotel Pestana Palace em Lisboa.

Montenegro  admite ter uma grande admiração pelo trabalho dos jornalistas e aconselha que é preciso “uma comunicação social mais tranquila na forma como informa e não tão ofegante numa notícia que parece de vida ou de morte mas que, afinal, as coisas estão a funcionar”.

O primeiro-ministro lança “a promessa de maior regulação do sector da comunicação social” e fala das mudanças no serviço público concessionado, nomeadamente na Lusa e na RTP: “Vamos tomar a decisão de, em três anos, de forma gradual, acabar com a publicidade na RTP nos próximos três anos.”

“Não é apenas a RTP que presta serviço público, todos os órgãos de comunicação social prestam um serviço público informar”

O Primeiro Ministro, em jeito de desabafo, critica a acção dos jornalistas em campo dizendo que está tudo teleguiado: “Como agente político, como cidadão (…) vejo que os senhores jornalistas não estão a valorizar a sua profissão, está tudo teleguiado, programado.”

Montenegro alerta ainda para o problemas das redes sociais dizendo que, muitas vezes, a comunicação social vai atrás das ondas do que se passa nas redes.

Montenegro finaliza o seu discurso com o foco no ponto de “sustentabilidade financeira dos media”, dizendo que o Estado vai “atuar do lado da procura, vamos estimular a sociedade, as pessoas, os jovens a irem à procura da informação e dar-lhes a oportunidade de adquirirem essa boa informação.”

Montenegro promete ainda avançar com “medidas de incentivo, valorizando a carreira do jornalista”, de forma “a garantir que não há precariedade” na classe.

 

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