Premiar (ou não)
M.ª João Vieira Pinto
Directora de Redacção Marketeer
Houve (e continua) polémica no Festival RTP da Canção. Não comparando, houve (e continua) polémica no concurso de publicidade exterior da Câmara Municipal de Lisboa. Assim como há com audiências, leituras de dados ou entregas de prémios. Não me recordo de ver sorriso genuinamente aberto em quem não sobe a palco. Assim como não me lembro de manifestações de felicidade em quem fica para segundo!
O primeiro lugar é o brilho ao fim da linha. Seja essa linha a percorrer um pequeno corta-mato na escola, ou a grande eleição para a presidência.
Claro que, pelo meio, haverá sempre processos mais ou menos claros; concursos com regras mais ou menos apertadas; avaliações com parâmetros melhor definidos. Mas só poderá ser pela transparência, justiça e rigor que se faz o caminho.
Nós, por cá, lançámos os Prémios Marketeer há 10 anos. Começámos devagar, com o apoio de marcas que se contavam pelos dedos da mão. Numa sala pequena e meio cheia. Com poucas categorias e um menor conjunto de regras. Mas desde o primeiro dia acreditámos que tinha que haver espaço para premiar o que de melhor se faz nas Marcas em Portugal. Da Saúde à Banca, dos Media às Bebidas, da Energia aos Eventos.
Se já tivemos várias críticas ou comentários menos tranquilos ao longo desta década? Claro. Todos os anos. Seja no momento de anunciar as marcas a votação como no da entrega dos prémios.
Este ano, são 32 as categorias que já estão em jogo – a votação online já arrancou e prolonga-se até ao último dia do mês de Abril. Foram meses até chegar aos nomeados em cada uma delas e, isto, num trabalho conjunto que envolveu toda a equipa da redacção e o Conselho Editorial da revista – composto por algumas dezenas de profissionais da área do Marketing e Comunicação, da gestão de Marcas. Não foi fácil, nem sempre consensual, gerou algum debate, teve vários avanços e uns certos recuos. Acreditamos que, no final, os escolhidos foram-no por mérito, por todo o trabalho desenvolvido em 2017 e pelos resultados que estão a alcançar.
Se haverá quem discorde? Claro. Já há. E sempre haverá. Não distorcer os resultados é, por isso, a única trave a que nos agarramos.
E já agora, já votou?
Editorial publicado na Revista Marketeer n.º 260 de Março de 2018