Preferências do consumidor e hábitos de compra estão a mudar: eis as novas tendências
O estudo “What Matters to Today’s Consumer?”, do Capgemini Research Institute, explora as mudanças nas preferências e comportamentos dos consumidores em todo o mundo. Baseado num inquérito a 12.000 consumidores de 12 países, identifica cinco grupos demográficos principais e analisa tendências como inovação tecnológica, alterações financeiras e maior consciência sobre sustentabilidade.
Entre as principais descobertas, destaca-se o impacto da Inteligência Artificial Generativa (IA Gen), com 68% dos consumidores dispostos a seguir as suas recomendações e 58% a preferir sugestões da IA em relação aos motores de busca tradicionais.
A sustentabilidade também ganha relevância, sendo um fator determinante para 64% dos consumidores, enquanto 71% mostram-se conscientes do impacto ambiental do desperdício alimentar.
A crise do custo de vida influenciou os hábitos de compra, com um aumento na procura por descontos e produtos mais acessíveis. 64% dos consumidores visitam diversas lojas em busca de promoções, enquanto a compra de marcas próprias subiu para 65%.
Além disto tudo, os millennials exigem transparência nas práticas de “shrinkflation”, com 73% a esperar alertas quando o peso dos produtos é reduzido sem ajuste de preço. O comércio social, impulsionado pela Geração Z e plataformas como TikTok e Instagram, remodela o retalho, sendo que 53% dessa geração compra produtos através das redes sociais, enquanto os anúncios em apps e websites de retalhistas atraem mais atenção do que os nas redes sociais.
Uma outra tendência marcante é a crescente preferência pela entrega rápida, com a procura por entregas em até 2 horas a subir para 65%, evidenciando que os consumidores estão dispostos a pagar mais pela conveniência.
A fidelização do cliente agora depende mais de fatores como rapidez na entrega, diversidade de produtos e transparência, em vez de programas de fidelidade tradicionais. O estudo ilustra como tendências tecnológicas, sociais e financeiras estão a moldar os comportamentos de consumo de forma significativa.