Consumidores trocam as notas por cartões: contactless cresce 48% em Portugal

Desde o início da pandemia, 45% dos portugueses admite ter limitado o uso de notas e moedas em lojas, preferindo os pagamentos digitais. As preocupações com a segurança e a saúde dispararam, levando os consumidores a optar por meios alternativos, tal como demonstra o salto de 48% nos pagamentos contactless.

Os números são apontados pela Visa, que dá conta de um “aumento inédito” neste tipo de pagamentos sem contacto. Trata-se de um crescimento superior ao verificado em qualquer um dos outros países analisados no estudo sobre o impacto da COVID-19 nos hábitos dos portugueses.

Desenvolvido pela GfK para a Visa (em Portugal, Espanha, França e Itália), o estudo revela que a maioria dos portugueses entrevistados mostra satisfação relativamente ao aumento do limite contactless para transacções sem PIN, com 64% dos inquiridos a querer manter esta possibilidade (entretanto já confirmada pelo Banco de Portugal).

«Não há dúvidas sobre a capacidade de Portugal ser resiliente, faz parte do nosso ADN, e a adopção massiva dos pagamentos digitais só veio demonstrar a agilidade com que rapidamente nos adaptamos para continuar a satisfazer as nossas necessidades», comenta Paula Antunes da Costa, country manager da Visa para Portugal.

Outra grande mudança diz respeito às compras online: 44% dos portugueses admite ter começado ou aumentado as compras realizadas através de plataformas de comércio electrónico. Segundo Paula Antunes Costa, «seja através do contactless, e-commerce ou cartões de pagamento em geral, o digital está a impulsionar diferentes comportamentos de compras e pagamentos».

Registou-se também um aumento especial na utilização de canais online para pagar as contas de casa (+21%) e para pagar impostos e taxas (+18%), além da compra de produtos. No mesmo sentido, cresceram as subscrições de serviços de entretenimento (16% passaram a ser clientes de um deste serviços para a televisão ou telemóvel).

Perante este cenário, a Visa considera que a conveniência, a segurança e a inovação serão os principais motores para o futuro dos pagamentos. Tendência também apontada por António Salvador, country manager da GFK para Portugal, segundo o qual a tendência já verificada junto dos pagamentos digitais e contactless será para manter, mesmo no pós-pandemia.

«Muitos consumidores já perceberam o quanto estas soluções são convenientes e nós, enquanto GfK, sabemos que a conveniência é um dos motores mais eficazes na consolidação de novas rotinas e hábitos de consumo», adianta ainda António Salvador.

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