Portugueses são os consumidores europeus que mais tencionam comprar low-cost

Os portugueses destacam-se de outros europeus pela vontade de aumentar o consumo de produtos e serviços low-cost. De acordo com o Observador do Consumo Low-Cost 2023, 60% portugueses manifesta esta intenção.

A nível europeu, só pouco mais de 40% dos consumidores tenciona aumentar o consumo de produtos de baixo custo, revelam os dados, e apenas 16% fala em redução (6% a nível nacional), especialmente devido às actuais pressões na carteira dos consumidores.

Em França, só 37% dos consumidores pensa aumentar o consumo low-cost, o que se traduz no valor mais baixo entre os países inquiridos. A acompanhar esta tendência estão a Bulgária (39%) e a Bélgica (40%).

No que toca a sectores, em Portugal o retalho alimentar (64%) e o vestuário (61%) apresentam as maiores probabilidades de crescimento de consumo low-cost. Por sua vez, 54% e 52% dos europeus refere igualmente a expectativa de um aumento no número de compras nas respectivas categorias.

Portugal é um dos países onde o crescimento do retalho alimentar low-cost apresenta uma maior relevância, a par do Reino Unido, Áustria e Alemanha, seguido pelo sector do vestuário, juntamente com Espanha e Itália. As viagens aéreas, já pautadas por uma forte procura, apresentam um aumento ligeiramente inferior (54%), mas acima da média global de 44%.

Metade dos consumidores inquiridos acredita que há uma relação crescente entre o consumo low-cost e as dificuldades financeiras. O crescimento do mercado low-cost prende-se ainda com o facto de os consumidores considerarem que estão a pagar um preço mais justo por determinado produto ou serviço (33%), bem como com a capacidade dos produtos adquiridos satisfazerem as necessidades básicas (28%). O nível de qualidade semelhante a alguns produtos de marca tem uma menor expressão face aos factores anteriores, sendo referido por apenas 24% dos inquiridos.

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