Portugueses revelam baixa confiança na publicidade
Na Conferência anual da APAN (Associação Portuguesa de Anunciantes), foi apresentado ontem o “We trust in advertising?”, um estudo em que algumas das principais conclusões passam pelos baixos índices de confiança, associados à crise económica, o valor reconhecido à publicidade e as oportunidades estratégicas nos novos suportes comunicacionais.
Com apresentação a cargo de António Gomes, director geral da GfK Metris, o estudo traçou o perfil de um novo consumidor, cada vez mais racional, que fala das marcas (83%), que dissemina os preços (72%), a qualidade (57%) e as boas e más experiências (37% e 26%, respectivamente). No entanto, apenas 13 por cento dos consumidores são “High Buzzer’s”, ou seja, consumidores que, simultaneamente, falam, fornecem informação e convencem.
Apesar de a considerar pouco credível, 89% dos consumidores presta atenção à publicidade, atribuindo no entanto a responsabilidade dos anúncios às marcas e não tanto aos publicitários. Ainda assim, mais de 70% dos entrevistados reconhece na publicidade um conjunto de valores de carácter positivo e de criação de valor.
Quanto aos meios, os consumidores revelam uma percepção de baixa confiança (10%), transparência (9%) e credibilidade (16%), para os mesmos publicitarem as marcas. A televisão, apesar de apresentar resultados que rondam os 20%, é o meio que obtém maiores níveis de confiança, sendo a publicidade no meio da imprensa escrita (jornais e revistas) a que mais contribui para a sua credibilidade. No entanto, o estudo dá conta da existência de oportunidades estratégicas nos “novos” suportes, assumindo a consolidação dos meios digitais e o crescimento das plataformas online como ferramentas essenciais na evolução do sucesso das empresas e das suas marcas.
No site www.apan.pt/preparados-para-mudar/ estão disponíveis mais informações sobre a conferência.