Portugueses reclamam 7 mil vezes por mês. Estes são os sectores com mais queixas

Nos primeiros seis meses de 2023 foram registadas 43.908 reclamações na Deco Proteste. Bens de consumo, comunicações electrónicas e serviços financeiros ocupam os primeiros lugares dos piores resultados. Este valor representa uma média de 7 mil queixas por mês e 245 por dia.

A maioria das reclamações (11.700, cerca de 25% do total) diz respeito a situações relacionadas com o imobiliário (condomínio e arrendamento), fiscalidade ou a Segurança Social. Também os bens de consumo reúnem um elevado número de queixas, registando 8.112 casos (18%). Este sector tem como principais reclamações questões relacionadas com artigos defeituosos, atrasos na entrega e problemas do exercício do direito ao arrependimento – algumas das empresas mais referidas foram a Worten, a PT Eletrónica e a FNAC, com 770, 485 e 199 casos, respectivamente.

Também as telecomunicações aparecem no top 3. NOS, MEO e Vodafone, entre outros operadores, totalizaram 5.850 queixas reportadas à Deco Proteste. Problemas e falta de transparência na facturação, velocidade da internet e dificuldades sentidas ao querer alterar o operador são as queixas mais apontadas pelos consumidores.

No que toca a aviação, as queixas estão relacionadas com atrasos nos voos, cancelamentos de última hora e perda ou extravio de bagagens. A TAP lidera o número de ocorrências, com 871 casos, seguida da Easyjet com 121 ocorrências e a Ryanair com 101, num total de 1.401 queixas apresentadas.

Os serviços financeiros ocupam o 4.º lugar na lista dos sectores com mais reclamações. As dificuldades sentidas na escolha e mudança de crédito, dos valores cobrado em comissões (que agora terminam) e a regularização de sinistros são as situações que os consumidores portugueses mais apontam negativamente. Santander (107 casos), BPI (123 casos) e Novo Banco (91casos) são as entidades mais referenciadas.

Com 3547 reclamações está o sector das Obras e Serviços, com 8% do total das queixas registadas. As queixas são referentes a atrasos, falta de qualidade na prestação do serviço e muito pouca transparência nos valores praticados.

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