Portugueses procuram novos tipos de férias. Empresa de caravanas Yescapa cresce 97%

O autocaravanismo é uma tendência emergente. Quem o diz é a Yescapa, empresa especializada no aluguer de autocaravanas e campervans, que viu o volume de negócios crescer 97% em 2020 face ao ano anterior, atingindo os 1,96 milhões de euros.

Dados da Yescapa Portugal apontam para um aumento significativo do número de viagens em 2020, passando de 1.670 para 2.867. O período entre Maio e Outubro destaca-se particularmente, tendo sido responsável por cerca de 2.300 viagens realizadas a partir dos veículos disponibilizados pela empresa.

“Junho foi, aliás, o mês com mais reservas de sempre na Yescapa Portugal”, indica a empresa, sublinhando que a maior parte das partidas ocorreu na zona geográfica de Lisboa. Verifica-se ainda que 15% das reservas foram feitas por locatários que queriam experimentar esta forma de viajar antes de adquirir a própria autocaravana.

Olhando para as viagens realizadas no ano passado, a duração média das reservas é de uma semana, em linha com o que já acontecia em 2019. A Yescapa destaca ainda uma tendência de reserva de última hora, com a marcação feita apenas uns dias antes da partida.

Quanto ao perfil dos viajantes portugueses, a empresa diz que situa entre os 35 e os 50 anos, com dois filhos. A maioria escolhe esta opção para viagens em famílias, sendo as férias em casal e com amigos o segundo tipo de viagens mais comum.

Portugal é, entre os países onde a Yescapa está presente, o terceiro destino mais visitado e foi mesmo o mais reservado por estrangeiros.

«Verificámos que a procura por segurança, distanciamento e liberdade tem levado os portugueses a escolher esta forma de viajar. Aliás, muitos experimentaram, pela primeira vez, viajar de autocaravana», conta Maria Liquito, country manager da Yescapa Portugal. A responsável adianta que o Verão de 2021 deverá ser semelhante.

«Acreditamos que a tendência do autocaravanismo se irá manter e que o slow tourism vai continuar a ganhar cada vez mais adeptos», acrescenta Maria Liquito.

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