Portugueses passam cerca de 3,7 dias por ano às compras no supermercado

Os portugueses dedicam, em média, 3,7 dias por ano às compras de supermercado em estabelecimentos físicos, enquanto no online o tempo passado às reabastecer a despensa é, em média, 2,4 dias. A conclusão é de um estudo levado a cabo pela 360hyper em parceria com a Netsonda, que revela, ainda, que quatro em cada cinco consumidores visitam mais do que um supermercado na mesma semana.

No que diz respeito a planeamento de compras, 84% dos compradores offline admite comprar mais do que pensava antes de entrar na loja, sendo que este valor desce para 58% quando se fala em compras online. Os principais produtos comprados online são os de higiene pessoal e limpeza para a casa, enquanto carnes/peixes, frescos e leite e derivados são os menos comprados por esta via. Em lojas físicas, todas as categorias de produtos acabam por estar representadas de forma equilibrada.

Já relativamente a gastos mensais, os inquiridos gastam nas compras em lojas físicas mais do dobro (277 euros) do que em compras online (127 euros). Quase três quartos (72%) dos inquiridos gastam apenas até 159 euros mensais em compras online, enquanto só 25% gasta esse valor mensalmente em compras em lojas físicas.

Quando questionados acerca do grau de satisfação com o tipo de compra, o agrado com as compras online revela-se ligeiramente superior (20% respondeu “gosto muito”) ao agrado com as compras offline (14% respondeu “gosto muito”). As principais razões têm a ver com o facto de ser mais cómodo (68%), mais rápido (42%) e existirem promoções exclusivas (38%). Apesar disto, os compradores offline demonstram uma confiança superior (90% respondeu que confia muito ou confia neste tipo de compras) aos compradores online (80% respondeu que confia muito ou confia neste tipo de compras).

Razões como gostar de ser o próprio a escolher os produtos (65%), custos de entrega (47%) e a impossibilidade de experimentar (36%) são das principais na lista de entraves à compra online. No que diz respeito à compra offline, algumas dos obstáculos são o tempo que se gasta (42%), a existência de muitas pessoas nas superfícies (42%) e comprar mais do que o estipulado (24%).

As conclusões mostram também um comportamento de compra mais voltado para o online neste ano de 2022, com um em cada cinco inquiridos a admitir aumentar a frequência de compra online – um resultado que está acima do obtido em relação à compra em loja física (6%). Há ainda uma previsão de aumento nos gastos mensais: em média, regista-se um aumento de 9% nas intenções de gastos em compras online.

«Os dados que recolhemos através deste estudo mostram, de facto, uma tendência crescente para o online em 2022 no que diz respeito a compras de supermercado/hipermercado, quer em termos de frequência quer em termos de gastos. Esta conclusão pode demonstrar que os consumidores portugueses estão mais predispostos a optimizar o seu tempo para outras tarefas ou momentos de lazer, o que vai ao encontro dos objectivos que estiveram na base da criação da 360hyper», refere, em comunicado, Nuno Serradas Duarte, CEO da startup.

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