Portugueses não se importam de variar entre marcas de fabricante e de distribuidores

A inovação no lançamento de novos produtos e a comunicação fora das lojas são factores que os consumidores associam mais fortemente às marcas de fabricante (MDF) do que às marcas próprias dos distribuidores (MDD).

De acordo com dados do estudo realizado pela Marktest para a Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, 40% dos portugueses indica que associa esses dois factores mais fortemente às marcas de fabricante do que às dos distribuidores. Essa percentagem é de 37% no que se refere à relação qualidade/preço.

Os dados indicam ainda que os consumidores nacionais vêem como semelhantes ambos os tipos de marcas, no que toca, por exemplo, à utilização de embalagens amigas do ambiente e da responsabilidade social, com 82% e 81%, respectivamente. Já aqueles que associam preferencialmente as marcas de distribuidores ao factor preço atingem os 49%.

As conclusões revelam também que a generalidade dos consumidores alterna entre os dois tipos de marcas. A alternância é mais expressiva nos produtos alimentares, onde 83% dos inquiridos varia entre MDF e MDD. Nas bebidas não alcoólicas, a fidelização às MDF é bastante mais notória, com 31% dos consumidores a optare apenas pelas marcas de fabricante. Já em Lacticínios ou Produtos de Higiene para o lar essas percentagens são, respectivamente, de 25% e 24%.

No que toca às idades, o grupo mais velho (65 ais 74 anos) é aquele que apresenta uma percepção mais representativa de uma maior exclusividade de produtos de marca de fabricante, logo seguido da faixa 55-64 anos nas categorias de Produtos Alimentares, Bebidas Não Alcoólicas e Higiene do Lar.

Por outro lado, é na zona da Grande Lisboa que se verifica essa mesma percepção mais representativa de uma maior exclusividade de produtos MDF, para todas as categorias analisadas, com excepção da categoria de Produtos Alimentares, onde esse primeiro lugar cabe à região do Interior Norte.

«O estudo mostra que os portugueses continuam a ver as marcas de fabricante como tendo, mesmo no contexto actual, uma relação qualidade/preço razoavelmente atractiva e maior capacidade de inovar. É importante que as marcas se posicionem para um contexto pós-inflação, renovem os seus portefólios e continuem a surpreender, para fortalecerem a sua relação com os consumidores, reforçarem a sua confiança e conquistarem a ampla faixa de daqueles que se posicionam de forma equidistante entre os dois tipos de marcas», diz, em comunicado, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

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