Portugueses estão a investir em electrodomésticos

O mercado de electrodomésticos, em valor, em Portugal, em 2017, ainda que positivo (2%), está a crescer menos do que em 2016, ano em que cresceu 7,2%. A informação foi revelada por Carlos Figueiredo, business director da GfK, durante a 21ª Conferência GfK Portugal, subordinada ao tema “O Futuro é Hoje”, que decorreu esta manhã no Museu Oriente. O mesmo responsável salientou, no entanto, que o ano passado representou uma pausa no desenvolvimento do online (+4%) que vinha crescendo em valor, em anos anteriores, acima de 50%/ano. No entanto, o primeiro trimestre de 2017, com um crescimento de 80%, parece indicar que, este ano, os números voltarão a subir.

Quando comparados os dados das vendas em valor dos grandes electrodomésticos de 2016 com os do ano anterior verifica-se um crescimento de 8,1%, em muito impulsionado pelo crescimento das vendas dos secadores de roupa (28,3%), exaustores (9,3%), fornos (9,2%) e máquinas de lavar a roupa e micro-ondas (8,1%). Números justificados por Carlos Figueiredo com «o aumento dos níveis de confiança dos consumidores e uma boa performance do imobiliário». Aliás, Portugal destaca-se no mercado europeu como um dos melhores desempenhos em valor em grandes domésticos.

Já nos pequenos electrodomésticos que como um todo cresceram 6,4%, o destaque foi para as máquinas de café (7,3% de crescimento) e conforto do lar (7,1%).

A concretizarem-se as estimativas da GfK a nível mundial é de esperar que 2017 e 2018 registem crescimentos em volume dos grandes electrodomésticos de 2 a 4% ao ano. «A nível mundial é o encastre que suporta este crescimento pois vale cerca de um quarto das vendas e está a crescer 3% enquanto que o resto do mercado de instalação livre está estável.» A crescer acima da média, destaque em termos de crescimento para as placas com exaustor integrado (102%), os frigoríficos no frost e A++/A+++ (34%) e as máquinas de lavar roupa de alta capacidade (15%).

Já nos pequenos electrodomésticos o crescimento foi maior do que nos grandes a nível global, com um crescimento de 5,3% em 2016. Destaque para aspiradores verticais (39%), purificadores de ar (21%), aspiradores robot (21%) e secadores de cabelo (18%).

Na Europa Ocidental o canal online é o único motor de crescimento. O canal físico estagnou em termos de vendas em valor, ao passo que o online cresceu 6% nos grandes domésticos e 18% nos pequenos domésticos.

Carlos Figueiredo salientou as tendências que estão a afectar este mercado, seja dos grandes ou dos pequenos domésticos: «O ciclo de vida dos produtos é cada vez mais curto. A conectividade e a internet das coisas veio para ficar e a modularidade e a entrada de novos players neste mercado são uma realidade. A preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade são uma nova realidade, estando os consumidores dispostos a pagar mais na aquisição de um produto para poupar no futuro. A multifuncionalidade dos produtos também se torna a norma.»

Que electrodomésticos temos na Casa Portuguesa? (2016)

67% Grelhador

52% Fritadeira

42% Sanduicheira

40% Jarro fervedor

8% Processador de Alimentos com função aquecimento

80% Máquina de Café

60% Máquina de Café de cápsulas

98% Frigorífico

93% Forno

91% Microondas

75% Exaustor

75% Placa Eléctrica

96% Máquina de Lavar Roupa

47% Máquina Lavar Loiça

26% Secador de Roupa

Texto de Maria João Lima

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