Portugueses dormem pouco à noite e ressentem-se de dia. 8,4% já adormeceu no trabalho
Os portugueses dormem, em média, menos de sete horas por noite (menos do que o recomendado pelos especialistas) e quatro em cada 10 assumem não descansar bem, o que pode ter consequências negativas para a sua saúde e bem-estar. As conclusões são retiradas de um estudo realizado pela GfK a pedido da Conforama.
De acordo com o estudo, cerca de metade dos inquiridos (48%) revela deitar-se já depois da meia-noite e 65,6% assume que necessitava de dormir mais para aumentar os níveis de bem-estar durante o dia. As principais razões apontadas para a falta de descanso são o facto de acordarem várias vezes durante a noite (61,3%), o stress (15,6%) e problemas de saúde (8,8%). Além disso, 25% reconhece que dorme pior acompanhado do que sozinho, principalmente devido aos movimentos e ao ressonar do parceiro.
A postura a dormir também tem impacto na qualidade do sono, com 45,2% dos inquiridos a admitir sofrer de algum tipo de dor relacionada com costas ou pescoço. Ainda assim, a maior parte referiu que prefere dormir virado para o lado direito (44,1%) do que para o lado contrário (34,2%).
Quando questionados sobre as principais condições para uma boa noite de sono, 91,9% dos inquiridos referiu a qualidade do colchão, 91% destacou a importância da almofada e 82,5% disse que o mais importante é que não exista muito ruído. Além disso, 30% disse consumir infusões ou medicamentos para dormir. O estudo revela ainda que «83,5% dos portugueses defende que os colchões devem ser mudados até 10 anos após a compra e que a maioria tem em casa um colchão com um máximo de seis anos», sublinha a Conforama em comunicado.
E se, em média, os portugueses dormem pouco, o inquérito revela que muitos acabam por compensar a falta de sono ao fecharem os olhos momentaneamente noutros sítios, seja de forma voluntária ou involuntária. Nesse sentido, os transportes públicos (36,6%) são o local preferido para se vingarem das noites mal dormidas, seguidos do teatro ou cinema (18,2%), ainda que 8,4% admita já ter dormido no local de trabalho. Além disso, um em cada quatro inquiridos disse ter por hábito dormir a sesta, durante mais de uma hora.
O estudo levado a cabo pela GFK contou com 446 inquiridos em Portugal, com idades entre os 18 e os 75 anos.