Portugueses dedicam quase 8h diárias em frente ao ecrã (e 1h é passada em serviços de streaming)

A agência Team Lewis, em parceria com a empresa de estudos de mercado GWI, desenvolveu um estudo que analisa o processo de evolução das audiências e as alterações que a pandemia tem trazido ao mundo do Marketing. Os dados abrangem os mercados de Portugal, Alemanha, Austrália, Bélgica, Espanha, EUA, França, Hong Kong, Itália, Malásia, Países Baixos, Reino Unido e Singapura.

Com o aumento do “tempo de ecrã” e a posse de mais dispositivos, “além da utilização desenfreada das redes sociais e das preocupações crescentes em torno da privacidade, as audiências de hoje têm uma vontade crescente de influenciar o mundo à sua volta”, conclui o estudo.

«Já não basta tentar alcançar o público com uma única mensagem, repetida o maior número de vezes possível. As expectativas dos consumidores relativamente à interacção com uma marca são claras. Querem ver um trabalho criativo único que lhes chame a atenção e lhes chegue de forma personalizada. A complexidade da mensagem e o meio através do qual é entregue são fundamentais para o sucesso», afirma, em comunicado, Simon Billington, executive Creative director da Team Lewis.

Algumas das principais conclusões são:

  • Tempo dedicado a ecrãs
    • O screen time continua a aumentar na maioria dos países, excepto na Austrália, Malásia, Singapura e EUA;
    • Em Portugal, o tempo médio de ecrã é de 7h57 diárias – tendo aumentado significativamente em relação a 2019 (6h42) e 2020 (7h17);
    • Os consumidores de Hong Kong e da Malásia passam mais tempo nos seus smartphones do que nos seus PC, portáteis e tablets.
  • Posse de dispositivos
    • Globalmente, cada pessoa tem, em média, pelo menos três dispositivos;
    • Os portugueses possuem, em média, 2,95 dispositivos;
    • Na Malásia, os consumidores possuem, em média, menos de três dispositivos, mas são quem mais tempo passa na Internet. Os EUA, Reino Unido, Alemanha e Itália estão acima da média global no que toca à posse de dispositivos.
  • Utilização das redes sociais
    • Os portugueses utilizam, em média, 3,5 plataformas diariamente;
    • A média da Europa Ocidental é inferior a três plataformas por dia;
    • Os países da região APAC utilizam, em média, quatro plataformas diariamente.
  • Postura em relação à privacidade
    • A nível global, a maior preocupação dos consumidores é o modo como as empresas utilizam os seus dados pessoais online (39%), seguida por uma preferência por manter o anonimato online (34%).
  • Panorama actual do marketing
    • Principais canais
      • Os websites ainda estão no topo: 56% dos inquiridos visitou o website de uma marca no último mês;
      • As newsletters ainda são eficazes: 26% das pessoas lê e-mails ou newsletters de marcas.
    • Expectativas dos consumidores
      • Os consumidores querem, unanimemente, que as marcas sejam de confiança, autênticas e inovadoras.
    • A ascensão do áudio
      • Nos últimos três anos, registou-se um aumento do consumo de serviços de streaming de música e podcasts;
      • Os portugueses recorrem a serviços de streaming durante, em média, 1h04 diárias – outro aumento em relação a 2019 (51 minutos) e a 2020 (1h). Também passam 29 minutos diários a ouvir podcasts – um aumento de quatro minutos em relação ao ano passado;
      • A Austrália e Singapura são os países com maior crescimento do streaming de música e consumo de podcasts, em comparação com o ano passado.
    • Ceticismo em relação às redes sociais
      • Apenas 23% dos consumidores a nível global acredita que as redes sociais são boas para a sociedade;
      • A Malásia é o país mais optimista em relação às redes sociais, com 40% dos inquiridos a considerar que estas existem para fazer o bem.
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