Portugal ultrapassa a barreira dos 300 mil utilizadores de IQOS
Mais de 300 mil portugueses já aderiram ao sistema de tabaco aquecido IQOS, num universo de 1,7 milhões de fumadores. Os dados foram avançados por Jacek Olczak, que assumiu hoje o cargo de CEO da Philip Morris International (PMI).
«Portugal é uma das jóias da coroa da PMI. Temos uma fábrica extraordinária da Tabaqueira [em Albarraque, Sintra] e o IQOS tem sido muito bem recebido pelos portugueses. É uma história de sucesso», sublinhou o gestor polaco numa apresentação aos jornalistas, que decorreu através das plataformas online.
Jacek Olczak aproveitou ainda este momento para fazer um balanço dos últimos seis anos, desde que o IQOS foi lançado no mercado, e projectar o futuro da companhia. De acordo com o CEO da PMI, no primeiro trimestre deste ano, os produtos alternativos ao tabaco tradicional já representaram 28% das receitas da companhia, mas o objectivo para os próximos quatro anos passa por ultrapassar a barreira dos 50%, tornando os produtos smoke-free a sua principal fonte de receitas.
«Até 2025, queremos que a maioria das nossas receitas sejam provenientes dos produtos alternativos ao tabaco e à nicotina. Queremos continuar a desenvolver alternativas para os fumadores em todo o mundo», anunciou Jacek Olczak. «Trata-se de um objectivo ambicioso mas exequível, sobretudo tendo em conta o interesse crescente dos consumidores de todo o mundo pelos nossos produtos. Actualmente, já existem seis mercados em que este tipo de produtos já representam a maior fatia das nossas receitas», acrescentou o responsável máximo da empresa.
Desde que iniciou a transição para os produtos de tabaco aquecido, a PMI já investiu mais de oito mil milhões de dólares (cerca de 6,6 mil milhões de euros) nesta alternativa ao tabaco tradicional, cuja produção tem os dias contados no seio da companhia. Contudo, Jacek Olczak lembra que ainda há um caminho a percorrer, sobretudo em termos regulatórios, para levar o IQOS a novos mercados e a mais consumidores – o produto já está disponível em 66 mercados, mas continua sem obter “luz verde” para a entrada nalguns países, como o Brasil.
«O IQOS e outras plataformas alternativas ao tabaco tradicional vão manter-se como a nossa prioridade para os próximos anos. Mas não podemos mudar o mundo sozinhos. Para isso, tem de haver coordenação entre os diferentes players do sector e, sobretudo, por parte dos reguladores. Penso que dentro de 5-10 anos já haverá países a criarem regulamentação específica para eliminar completamente o tabaco tradicional». «Hoje, temos a certeza que esta será uma realidade; só resta saber quanto tempo vamos demorar a chegar lá. Esse processo deverá acontecer a diferentes velocidades por todo o mundo, pois vai depender muito do ritmo com que as autoridades regulatórias nacionais tomem acções nesse sentido», reiterou.
Além de continuar a desenvolver a sua plataforma de tabaco aquecido, a PMI promete para os próximos anos envidar esforços em diversas áreas da Saúde, como é o caso das doenças respiratórias. Na área farmacêutica, a companhia tem vindo a financiar, através de uma subsidiária, a empresa canadiana Medicago, que está numa fase avançada do desenvolvimento de uma nova vacina contra a Covid-19 baseada na planta do tabaco.
Sobre Jacek Olczak
Jacek Olczak foi nomeado chief executive officer (CEO) da Philip Morris International, substituindo André Calantzopoulos no cargo, que se irá manter na companhia como presidente executivo do Conselho de Administração. Antes de assumir o novo cargo, onde terá como principal missão continuar a desenvolver a visão smoke-free da companhia, Jacek Olczak desempenhava a função de chief operating officer da PMI desde Janeiro de 2018. Antes, o gestor polaco ocupou o cargo de chief financial officer da empresa, na qual ingressou em 1993. Ao longo de quase 30 anos, desempenhou diversos outros cargos na PMI, tendo sido inclusive managing director nos mercados polaco e alemão. Jacek Olczak é mestre em Economia pela Universidade de Lodz, na Polónia.
Texto de Daniel Almeida