Portugal tem melhor reputação interna do que lá fora. Beleza é um dos melhores atributos
Depois de ouvir o público interno e externo (em mais de 20 países) de Portugal, a OnStrategy concluiu que a imagem e reputação é mais forte dentro de portas do que além-fronteiras: 63,3 pontos junto dos residentes e 57 pontos junto do público externo, numa escala de 0 a 100.
Ainda assim, mesmo por cá, o indicador de Força e Energia da marca Portugal é apenas moderado. Os 63,3 pontos conquistados não permitem ascender a um nível mais elevado de percepção.
Segundo a OnStrategy, os cidadãos comuns são quem avalia melhor o país (63,7 pontos), ao passo que os emigrantes atribuem a pontuação mais baixa (60,2 pontos). No geral, notoriedade e familiaridade são os atributos com melhores resultados (100 pontos), seguindo-se valores, cultura e tradição (85,4 pontos), beleza (85 pontos) e qualidade dos produtos e serviços (68,3 pontos).
Por outro lado, os atributos com piores registos são relevância internacional (39,8 pontos), governo e ética (43,4 pontos), ambiente político (47,8 pontos), comunicação e divulgação fora do país (50,3 pontos), liderança e visão (50,7 pontos) e, ainda, ambiente económico (56,9 pontos).
Já para o público externo, o indicador geral de Força e Energia da marca Portugal é vulnerável (57 pontos). Os turistas são quem melhor avalia o país (60,8 pontos), ao passo que os investidores apresentam a pontuação mais baixa (54,8 pontos).
Neste caso, os atributos com melhor registo são a beleza (80,4 pontos), estilo de vida e ambiente social (75,1 pontos), bem como os valores, cultura e tradição (74,5 pontos). No sentido inverso, o público externo dá pontuações mais baixas a atributos como relevância internacional (36,4 pontos), comunicação e divulgação fora do país (36,4 pontos), inovação e diferenciação (46,0 pontos) e liderança e visão (47,7 pontos).
«Com este estudo torna-se evidente que diferentes stakeholders conduzem a objectivos estratégicos diferentes desde a construção de notoriedade, de posicionamento, de reputação, de experiência e de compra, e que obrigam à utilização de veículos tácticos de execução diferentes e complementares», comenta Pedro Tavares, partner e CEO da OnStrategy.
Segundo o mesmo responsável, «coloca-se o desafio de analisar cada público-alvo (interno e externo) e reconstruir o propósito da marca Portugal para o calendário pós-pandemia».
Para esta análise foram ouvidos cidadãos comuns, estudantes, quadros empresariais, empresários, investidores, emigrantes e turistas.