Portugal sou eu, és tu, somos todos nós

«Abrange toda a cadeia de valor desde a produção à distribuição.» Foi desta forma que o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, apresentou o programa Portugal Sou Eu que, como explicou, pretende «criar valor para produtos que são feitos por portugueses, em Portugal». O ministro salientou ainda que este programa permite que os consumidores façam escolhas informadas, salvaguardando o emprego e fomentando a economia nacional. Ou seja, resumiu, «os cidadãos podem decidir todos os dias o que podem fazer pela economia nacional».

O programa “Portugal Sou Eu” dirige-se a cidadãos, empresas e entidades públicas com o objectivo de valorizar a oferta nacional. O Governo acredita que este programa poderá ter um imapacto positivo na balança comercial portuguesa de pelo menos 700 milhões de euros por ano, de acordo com estimativas do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e do Emprego.

E se a iniciativa “Compro o que é nosso”, da responsabilidade da AEP – Associação Empresarial de Portugal (e que agora se associa ao projecto “Portugal Sou Eu”) conseguiu envolver 1000 empresas responsáveis por 2500 marcas, agora, com a iniciativa Portugal Sou Eu – que cobre áreas que não eram abrangidas pelo selo da AEP -, «o objectivo é que num ano haja 3.000 produtos abrangidos pelo programa», revelou por seu lado Carlos Oliveira, secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.

A face mais visível do programa Portugal Sou Eu (liderado pelo IAPMEI e operacionalizado pela AEP, AIP e CAP) é a atribuição de um selo aos produtos com elevada taxa de incorporação nacional, que permite aos consumidores reconhecê-los e, ao comprá-los, contribuir para o fortalecimento do tecido produtivo português.

Durante o evento de apresentação do programa Paulo Nunes de Almeida, da AEP, salientou que os consumidores são hoje exigentes e o mercado é implacável. «Se há seis anos ninguém de preocupava com a origem dos produtos ou procuravam os que não eram nossos, hoje as pessoas procuram a origem seja através do selo Compro o que é nosso ou outro», garantiu.

Texto de Maria João Lima

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