
“Portugal Pop. A moda em português 1970-2020” no MUDE a 21 de março
O MUDE – Museu do Design, em Lisboa, inaugura este mês a exposição “Portugal Pop. A moda em português 1970-2020”, que esteve patente na Casa do Design, em Matosinhos, em 2022, no âmbito da programação “MUDE fora de portas”.
A mostra, uma coprodução entre o MUDE e o esad-idea (centro de investigação da ESAD — Escola Superior de Artes e Design), que abre ao público em 21 de março, traz “um olhar reflexivo sobre os últimos 50 anos” da moda portuguesa.
“Não se propõe um discurso linear ou cronológico sobre a nossa história, propõe-se um olhar reflexivo sobre os 50 últimos anos, para perceber qual a relação, quais as múltiplas formas com que os diferentes criadores que atuaram neste território, segundo a sua mundividência e preferências, gostos, experiências de vida, olharam, reinterpretaram, recriaram, as tradições populares, os saberes oficinais, a memória, a identidade, o que é isso de memória coletiva”, explicou em 2022 a curadora da exposição e diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, numa visita para a imprensa na Casa do Design.
A programação “MUDE Fora de Portas” desenvolveu-se a partir de 2016 em diferentes espaços de Lisboa, do país e também do estrangeiro, com um total de 12 doze exposições: onze em Portugal e uma no estrangeiro, em três países, de diferentes temáticas, abordagens e dimensões, além da colaboração do museu em alguns eventos internacionais.
A exposição “Portugal Pop. A moda em português 1970-2020”, que estará patente até 12 de outubro, apresenta peças que traçam um percurso no tempo, nos diversos territórios portugueses e as suas tradições, intercalando com referências icónicas da cultura ‘pop’ portuguesa.
São apresentadas peças de designers de moda e marcas como Alexandra Moura, Alves/Gonçalves, Constança Entrudo, Dino Alves, Helena Cardoso, Filipe Augusto, José Carlos, Luís Buchinho, Maria Gambina, Maria-Thereza Mimoso, Miguel Flor, Nuno Gama e Storytailors.
Em exposição estão coordenados usados por Amália Rodrigues, António Variações, Doce, Heróis do Mar, The Gift, Joana Vasconcelos, Conan Osíris ou Cláudia Pascoal.
O MUDE reabriu em julho do ano passado, ao fim de oito anos, após obras de requalificação integral.
As obras do edifício estiveram interrompidas de 2018 a maio de 2021, devido à insolvência da empresa construtora, impondo a revisão de todo o projeto e a abertura de um novo concurso público internacional, em maio de 2021.
Dedicado a todas as expressões do design, que se espelham no seu acervo, o MUDE possui atualmente quase 17.000 peças e, destas, 1.362 estão integradas na “Coleção Francisco Capelo”, comprada ao colecionador pelo município de Lisboa em 2002.