Portugal poderá receber 33 milhões de turistas em 2025
2024 foi mais um ano de recordes para o Turismo nacional, que deverá ter atingido receitas acima dos 27 mil milhões de euros e registado mais de 30 milhões de turistas estrangeiros, segundo as estimativas da secretaria de Estado do Turismo. Ora, em 2025 o sector deverá manter a trajectória de crescimento, com os profissionais do sector a preverem que o País receba até 33 milhões de hóspedes ao longo do ano.
As estimativas constam da 72ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, com a grande maioria dos membros do painel (80%) a antecipar para 2025 um crescimento do número de hóspedes para valores entre 30,1 e 33 milhões. Quanto às dormidas, 78% dos inquiridos projecta valores entre 75,1 e 81 milhões. “Este contexto sugere não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias”, frisa o IPDT. Quanto aos proveitos globais, 80% dos inquiridos espera para este ano números entre os 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.
Relativamente aos factores que terão mais impacto no desenvolvimento da actividade turística este ano, a melhoria contínua da oferta e dos serviços foi considerado o mais relevante (por 44% dos inquiridos), seguindo-se a segurança e a estabilidade política e social (42%) e as infra-estruturas, acessibilidades e mobilidade aérea (36%).
Apesar de tudo, os profissionais do sector inquiridos pelo IPDT enaltecem como principais desafios que o sector irá enfrentar em 2025 a escassez de recursos humanos qualificados (51%), o aumento dos preços e a inflação (40%), e a recessão económica e a conjuntura internacional (33%).
“Os especialistas alertam ainda para a desmistificação da percepção de ‘overtourism’, que começa a ganhar visibilidade em alguns destinos nacionais. Os resultados evidenciam que 80% dos inquiridos classificam esta questão como ‘importante’ ou ‘muito importante’, sublinhando a necessidade de respostas coordenadas e eficazes a curto prazo”, conclui o IPDT. Neste ponto, o combate à desinformação (58%) surge como a principal prioridade, assim como a sensibilização e o envolvimento das comunidades locais (22%) e a descentralização da carga turística (17%).