Pontes com tecnologia portuguesa: mais seguras e acessíveis

Foi o que garantiu a tese de mestrado de Pedro Pacheco, que resultou na BERD, em 2006. Com 4 milhões de euros de facturação prevista para 2010, a empresa pretende agora ganhar o concurso da Terceira Travessia do Tejo

Quando uma tese de mestrado se transforma em empresa… É o caso da Bridge Engineering Research & Design (BERD), resultante da tese de mestrado de Pedro Pacheco, a qual incidia sobre “soluções naturais para problemas estruturais” no âmbito de um projecto de I&D para a construção de pontes. Uma pesquisa exaustiva sobre as aplicações de soluções bioestruturais nas estruturas de Engenharia Civil deu origem ao conceito do Sistema de Pré-esforço Orgânico (OPS), que garante maiores níveis de segurança na construção de pontes e com investimentos mais reduzidos.

O laboratório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) serviria de palco de experimentação do sistema OPS, que se inspira no funcionamento de um músculo humano, fazendo a distribuição eficiente de peso aquando da construção e monitorização das operações, com vantagens para o construtor: «Com a aplicação de um cimbre autolançáveis um construtor pode reduzir os custos em 15%. Uma poupança que pode ser tanto maior quanto o vão definido para a ponte», aprofunda Pedro Pacheco. Não será, então, de estranhar que esta solução cedo tenha despertado o interesse da Mota-Engil.