Poder de compra dos portugueses cresce timidamente

6437 euros. É este, em média, o poder de compra dos portugueses. O valor, referente a 2015, representa uma subida de 2,3% face ao ano anterior, mostrando que o dinheiro disponível para consumo, rendas, poupanças e contribuições para a reforma está a aumentar. Lentamente, mas está. Quando comparado com a média europeia, o crescimento português revela ser mais tímido, uma vez que dados da GfK revelam que o poder de compra subiu 3,7% na União Europeia, onde atinge os 15.948 euros.

O mesmo estudo indica que o segmento do retalho representou 33,4% do consumo privado dos portugueses, no ano passado, mais do que a nível europeu. A taxa medida UE-28 foi de 30,4%. De acordo com a GfK, o retalho não consegue conquistar uma percentagem maior devido à preferência dos consumidores por outros sectores: “Apesar dos consumidores terem mais dinheiro para compras, gastam esse dinheiro predominantemente em serviços, viagens e actividades recreativas, em vez de o aplicarem no mercado retalhista.”

Gerold Doplbauer, especialista em Retalho da consultora e autor do estudo, acredita que «no geral, 2015 foi um bom ano para os consumidores europeus». O crescimento de 4,7% da economia aliado à queda do desemprego resultou no aumento do consumo privado. «As baixas taxas de juros conduziram a níveis de poupança pouco relevantes, levando a que muitos consumidores optassem por gastar o seu dinheiro, o que beneficiou o mercado retalhista», mesmo que os restantes sectores tenham rivalizado.

Relativamente a este ano, o estudo da GfK prevê uma redução de 0,3% no volume de negócios de retalho.

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