Pode o mindfulness complementar o tratamento ao cancro do pulmão?

A Aliança para o Cancro do Pulmão testou o mindfulness como ferramenta terapêutica para pessoas com cancro do pulmão. O projecto foi implementado através de dois programas, um dirigido aos doentes e cuidadores e outro a profissionais de saúde, com resultados que “surpreenderam” e que mostram um “impacto muito positivo”.

Designado “Lung Mind Alliance”, o programa promovido pela Aliança para o Cancro do Pulmão concilia terapias cognitivo-comportamentais e práticas de meditação.

De acordo com Carina Gaspar, pneumologista e membro do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (que integra a Aliança para o Cancro do Pulmão), o mindfulness pode ajudar os doentes oncológicos a «reduzir os níveis de stress e ansiedade, reduzir os sintomas de depressão, melhorar o sono, proporcionar alívio de sintomas físicos, como a dor, e promover uma maior sensação de controlo e aceitação durante o processo de tratamento».

Os resultados da primeira edição do programa motivaram a criação de uma segunda edição, desta feita dirigida a 13 profissionais de saúde e com a duração de 10 semanas. O objectivo passou por «proporcionar ferramentas aos profissionais de saúde para reduzir o stress, fomentar a resiliência, reduzir sintomas de burnout, aumentar a qualidade de vida, a regulação emocional e atencional dentro e fora do local de trabalho», salienta Carla Martins, directora do Ser Integral: Centro Português de Mindfulness.

Criada em 2020, a Aliança para o Cancro do Pulmão junta várias entidades, entre as quais a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Pulmonale, o Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a AstraZeneca.

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