Planet Free, o jogo que quer revolucionar a fidelização às marcas

A 20.ª Conferência Marketeer foi palco do lançamento mundial de uma nova plataforma que promete revolucionar a fidelização dos clientes às marcas e a própria forma como interagem com estas. Dá pelo nome de Planet Free e proporcionou ao evento um momento de gamificação in loco, com os participantes a terem a oportunidade de ganhar prémios e interagir em primeira mão com a app.

«A maior parte das marcas já tem os seus próprios programas, mas o Planet Free convive perfeitamente com eles e vai fazer um push, fortalecendo-os ao engrossar a massa de clientes», assegura Alexandra Barbosa, fundadora do projecto.

Ao longo da sua carreira profissional na área da Consultadoria e da Banca, a mente por detrás desta iniciativa percebeu que não havia nada do género no Mundo. E, acreditem, é «obstinada o suficiente para a ter encontrado». Portanto, pareceu natural que o próximo desafio fosse dar vida a esta app, processo que decorreu durante dois anos e meio e que juntou «alguns dos melhores criativos, designers, game designers e game developers». No leque de envolvidos contam-se a Fuel, a Solid Dogma, Filipe Caseirito e Tiago Franco (co-founders da Fun Punch Games) e Diogo Horta e Costa.

Dando foco à fidelização, ou loyalty, a Planet Free chega também ao mercado como um jogo «que tem as mecânicas e dinâmicas dos melhores jogos de sempre», em particular do Pokémon Go. Como tal, quem descarregar a app no telemóvel poderá encontrar um layout e uma forma de utilização semelhantes. O objectivo é encontrar pequenos animais, «vindos de outro planeta», de forma a poder ganhar as retribuições disponibilizadas pelas marcas parceiras.

Quando se entra na aplicação, as boas-vindas são dadas por um soundtrack criado a propósito pelo maestro Rui Massena, assim continuando enquanto se utiliza a aplicação, embora os acordes mudem de tom. «A primeira impressão deve ser épica e aquilo que se segue incite à acção», foi este o pedido feito por Alexandra Barbosa ao música português.

Depois, basta seleccionar o universo em que se quer mergulhar. No caso em particular da conferência, as marcas a explorar eram a própria Marketeer, a FNAC, os Hotéis Vila Galé e a consultora Auren. Já na perspectiva da marca, esta tem do seu lado a escolha de adicionar a informação que quiser à secção sobre si, assim como os bónus a serem entregues aos jogadores. Toda a interacção acontece com base em geolocalização, auxiliada pelo Mapbox, e em tempo real. Alexandra Barbosa explica que a Planet Free tem toda a tecnologia de ponta ao serviço das marcas e dos utilizadores, realidade aumentada, interacção, possibilidade tirar fotos dentro do jogo e cibersegurança.

Com a gamificação dos próprios prémios, já que os de menor valor vão estar disponíveis em muita quantidade e os de maior valor serão mais escassos, o objectivo é que os utilizadores estejam conectados durante tanto tempo quanto possível, completando missões e reunindo diferentes criaturas. Para tal, existe também um prémio diário, levando ao login diário.

De salientar ainda que na Planet Free não há dinheiro real envolvido, apenas a moeda do jogo em si, com o qual quem utiliza pode fazer transacções in app. Assim, a aposta chega como um jogo multimarca que acaba por apelar ao coleccionismo, mesmo que o utilizador não seja fã da insígnia em questão, e que tem como missão complementar a presença das insígnias de todos os sectores no mercado.

Texto de Beatriz Caetano

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