Pfizer é a marca de vacina que gera mais confiança junto dos portugueses

Se pudessem escolher, 35% dos portugueses preferia tomar a vacina da Pfizer. A farmacêutica norte-americana lidera em termos de percepção positiva junto da população, de acordo com um estudo elaborado pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação de Ciências Empresariais e de Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC).

Depois de pedir a mais de mil pessoas para seleccionarem a marca da vacina contra a Covid-19 que gostariam de tomar, no caso hipotético de poderem escolher, a fatia mais significativa optou pela Pfizer. O segundo lugar no top de preferências cabe à AstraZeneca (8,7%), seguida pela Moderna na terceira posição (5,6%).

O mesmo estudo releva ainda que, independentemente da marca, os inquiridos estão confiantes na decisão de tomar a vacina. Dos 87,2% dos inquiridos que querem ser vacinados, 37% afirma não ter uma posição firmada sobre a selecção da marca. Além disso, apenas 12,8% não deseja ser vacinado.

As preferências estão ainda em linha com os níveis de confiança: 68,2% dos inquiridos diz confiar ou confiar plenamente na BioNTech – Pfizer, 60,3% na Oxford – AstraZeneca e 60,1% na Moderna – National Institute of Health. A maioria não tem opinião sobre as marcas menos divulgadas, como a CureVac (58,3%), Sanofi – GSK (57,1%) e Janssen Pharmaceutiva NV (54,4%).

Victor Tavares e Paula Rodrigues, investigadores responsáveis pelo estudo e especialistas em gestão de marca, consideram que fica evidente que a quase totalidade dos inquiridos pretende tomar a vacina contra a Covid-19, apesar de não conhecerem bem todas as opções. «Há um sentimento de confiança relativamente à mesma, independentemente da marca seleccionada», sublinham ainda.

O peso da marca nas vacinas

«Estamos perante um grupo de inquiridos que, em larga maioria, mostrou estar muito consciente sobre a sua saúde (80,5%). Isso poderá ajudar a explicar que, na escolha da marca, o foco esteja mais nos benefícios a curto e longo prazos que a vacina pode trazer, sobretudo, ao nível da saúde, e não tanto nos valores transmitidos pela empresa responsável pela produção», explicam os investigadores.

A mesma análise indica que, confrontados com a informação disponível sobre a vacina, 74,8% dos inquiridos afirmou pensar nos seus benefícios imediatos e 82,4% nos benefícios a longo prazo. A maioria concorda ou concorda plenamente que a vacina escolhida é útil (73,7%) e eficaz (63,5%) na prevenção do vírus.

Por outro lado, registam-se menores níveis de concordância relativamente à marca das vacinas escolhidas: embora 50,8% acredite que a marca seleccionada é respeitável ou conceituada, 33% diz que esse factor é indiferente neste caso. Além disso, cerca de metade dos inquiridos afirmou que a empresa escolhida é digna de confiança (50,5%) e que marca preferida é fiável (47,3%). No entanto, para uma parte dos respondentes estes factores são neutros (34,3% e 39,8%, respectivamente).

Artigos relacionados