Pestana Hotel Group: O meu reino por umas férias de luxo

Antiga casa privada do marquês de Valle Flor, mandada construir no início do século XX, o Palácio de Valle Flor mantém intacto o charme de outrora. Em 2001, foi transformado pelas mãos do Pestana Hotel Group – o maior grupo hoteleiro português, com mais de 100 hotéis em 16 países – num luxuoso hotel, o Pestana Palace Lisboa, que promete levar os hóspedes numa autêntica viagem no tempo. Localizado no alto de uma das colinas da capital e com vista para o rio Tejo, é um dos mais bonitos edifícios palacianos de uma Lisboa romântica. Situado entre jardins luxuosos, o Pestana Palace Lisboa é um exemplo perfeito de uma transformação bem-sucedida de património histórico num hotel moderno. Hoje, conta com 194 quartos e suítes, que se conjugam em perfeita harmonia com a sua história original.

A singularidade desta unidade hoteleira, que é membro do The Leading Hotels of the World, tornou-o um dos favoritos entre líderes internacionais, membros da realeza e estrelas do espectáculo, como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, as famílias reais de Espanha, Suécia e Noruega, o príncipe Alberto do Mónaco, Madonna, Prince, Jane Fonda, Bryan Adams ou David Beckham, entre muitos outros.

«O Pestana Palace é uma unidade que funciona no segmento de luxo. Tradicionalmente, é uma excelente opção para eventos empresariais junto de marcas de referência, assim como uma óptima escolha para eventos sociais com discrição. Muito procurado pelos mercados nacional, americano e europeu, garante a privacidade e luxo que só a magia de um palácio do século XIX consegue oferecer», convida João Martins, director de Operações Hotéis Portugal.

UMA HISTÓRIA SECULAR

O Palácio de Valle Flor foi mandado construir pelo marquês de Valle Flor, José Constantino Dias, um empresário do Norte de Portugal que emigrou para África em busca de oportunidades e se tornou num respeitado e rico proprietário de plantações de cacau e de café em São Tomé e Príncipe. Gradualmente, foi assumindo diferentes cargos na administração pública, tanto em São Tomé como em Portugal continental, que lhe valeram o título de marquês, atribuído pelo então rei de Portugal, D. Carlos I.

No seu regresso a Lisboa, o marquês descobriu na colina de Alcântara o local certo para construir a sua casa. O prestigiado arquitecto italiano Nicola Bigaglia desenhou o projecto original do exterior do palácio em estilo francês, tendo a construção começado em 1904. Quanto aos interiores do Palácio Valle Flor, que são considerados o coração e a alma do edifício, foram projectados por três dos mais importantes artistas da época: Constantino Fernandes, Carlos Reis e Eugénio Cotrim, mestres portugueses de pintura realista e decorativa.

O conjunto do palácio, que hoje é considerado Monumento Nacional, é composto pela articulação do corpo principal, dividido em quatro pisos e janelas em estilo parisiense. Numa das extremidades encontra-se a majestosa entrada e, na outra, foi construída a capela, ambas coroadas com cúpulas abobadadas.

O luxuoso jardim inclui mais de 300 espécies tropicais de plantas e árvores e também está classificado como Monumento Nacional. No centro do jardim, existe um pavilhão em estilo oriental e de cor vermelha, baptizado como a “Casa do Lago”. Aqui, onde antigamente a marquesa de Valle Flor desfrutava do chá da tarde com os seus convidados (entre os quais a rainha D. Amélia), são servidas refeições e bebidas ligeiras aos clientes do hotel, durante o Verão. Já o antigo lago do jardim foi transformado numa piscina.

No extremo oposto, de frente para o palácio e para o rio, foram construídas as cavalariças, cujo edifício conta com a mesma traça romântica. Com a forma de ferradura e com o selo do brasão da família, este edifício acomodou a colecção de carros e cavalos do proprietário. Hoje, é um dos locais de eleição para a organização de eventos e festas de empresas em Lisboa, sendo um dos mais de 20 espaços para reuniões e banquetes corporativos do Pestana Palace Lisboa, que garantem capacidade para acolher mais de 500 pessoas.

 

SALÕES E SUÍTES REQUINTADOS

Os estilos do palácio cruzam-se com o Barroco, o Romântico, o Rococó, o Neoclássico, o Orientalismo, entre outros, e podem ser apreciados ao percorrer as diferentes áreas do hotel.

No primeiro andar, um corredor conduz aos salões onde outrora os convidados eram guiados pelo marquês até à orquestra ao vivo. Os salões mais importantes do hotel são: a Sala Renascença, uma jóia com painéis em madeiras exóticas; a Sala Luís XVI, com os seus frisos neoclássicos que retratam divindades míticas; e a Sala Luís XV, onde se encontra uma personificação do estilo Rococó, com tectos revestidos de frescos em pastel, detalhes de trompe l’oeil e espelhos dourados.

Já a Sala da Música, o actual bar Allegro, oferece música ao vivo aos finais da tarde, tocada num piano Steinway. Os hóspedes podem ainda apreciar a comida do restaurante Valle Flor, dedicado à gastronomia tradicional portuguesa.

Os aposentos privados da família localizavam-se no segundo andar do palácio, entretanto transformados em quatro suítes exclusivas. Em homenagem à família real portuguesa, foram baptizadas com os nomes de D. Carlos, D. Amélia, D. Luís Filipe e D. Manuel. Todas as suítes são espaçosas e apresentam luxuosos detalhes de decoração, mas a suíte D. Carlos é o ex-líbris do palácio, integrando duas salas, um quarto e um terraço exterior com vista para o jardim e para o rio.

PRESERVAR A HISTÓRIA

Após a morte do marquês de Valle Flor, no início dos anos 30, a família não conseguiu manter o palácio por muito tempo. Seguiram-se diferentes proprietários e um período de abandono que resultou na sua decadência, muito visível na vegetação do jardim, assim como nos seus interiores, que apresentavam graves danos, sobretudo nos frescos e nas madeiras preciosas.

Quando o Pestana Hotel Group adquiriu o palácio, em 1991, a prioridade número um foi a sua requalificação. Uma equipa de restauradores, artistas, designers de interiores, jardineiros, arquitectos e engenheiros trabalharam durante quase 10 anos para trazer de volta a antiga glória do palácio. No interior, os frescos foram restaurados, os vitrais enviados para Itália para reparação, os pisos de madeira e os painéis recuperados e todas as peças de arte e antiguidades reacenderam o estilo de vida palaciano. No exterior, foram ainda construídas duas alas modernas que foram harmoniosamente integradas na paisagem, acrescentando 189 novos quartos ao hotel.

Antes da pandemia de Covid-19, o Pestana Hotel Group terminou a renovação total dos quartos das alas novas do palácio, mantendo o mesmo cuidado de respeitar a originalidade deste edifício histórico. «Um palácio com a responsabilidade de ser Património Nacional implica uma manutenção permanente dos mais diversos espaços, frescos e peças de arte que o compõem. Apesar de ser um esforço muitas vezes pouco visível, é uma rotina permanente», garante João Martins.

Depois de, no ano passado, o Pestana Palace Lisboa ter retomado o mesmo nível de receitas de 2019 (pré-pandemia), mesmo que com menos ocupação, para este ano as expectativas do Pestana Hotel Group passam por um crescimento de cerca de 15% nesta unidade. «Os objectivos passam por consolidar o crescimento de preço, sem necessariamente crescer em volume. Desta forma, pretendemos proteger e privilegiar a qualidade dos serviços que entregamos aos nossos clientes, assegurando as expectativas de serviço associado ao segmento de luxo», conclui.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Turismo”, publicado na edição de Fevereiro (n.º 319) da Marketeer.

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