Pestana com mais 10 projectos até 2019
Nos próximos quatro anos, o Grupo Pestana prevê investir entre 35 e 45 milhões de euros/ano, orçamento que garantirá o desenvolvimento de 10 novos projectos, seis dos quais fora do mercado português. No total, ou seja, até 2019, será qualquer coisa como 160 a 180 milhões de euros que o Grupo liderado por Dionísio Pestana deverá alocar a um plano que prevê garantir mais 1469 quartos, conforme informou hoje em conferência de imprensa José Roquette, administrador do Grupo para a área de desenvolvimento.
O plano inclui a abertura de novos hotéis em Amesterdão (2017), Marraquexe (2017), Nova Iorque (2017), Montevideu, Madrid e Rio de Janeiro (na Barra da Tijuca), bem como em S. Miguel (Açores), Funchal e Lisboa (na Rua da Prata). Em cima da mesa está ainda a expansão do actual projecto Troia Eco Resort, que passará a albergar uma unidade hoteleira conforme plano inicial apresentado.
De recordar que é intenção do Grupo, e anunciado pelo próprio presidente executivo José Theotónio, acelerar a expansão internacional em particular ao nível da gestão de unidades terceiras, o que permitirá ainda maiores ganhos em valor. No entanto, no actual plano apenas a unidade do Rio de Janeiro funcionará sob esse modelo de negócio, enquanto as de Madrid e Montevideu são concessões. Números que José Roquette admite ficarem ainda aquém do objectivo e que se devem ao facto do «mercado hoteleiro, a nível mundial, ser dominado por alguns players já muito fortes» neste tipo de operações.
Além das unidades em calendário, é ambição do Grupo Pestana vir a abrir portas em Madrid e em Bruxelas, bem como reforçar em Inglaterra – neste momento o hotel de Londres é o que garante maior rendibilidade fora de Portugal – e na Alemanha.
A não descurar pode estar a alienação de activos que integram o actual portefólio, tendo em conta, conforme diz José Roquette, que «alguns já atingiram a sua maturidade».
Presente em 16 países, com 86 hotéis, o Grupo conta com um activo imobilizado superior a 1.100 milhões de euros (face a 1081 em 2014). Portugal responde por 54% das receitas, posição que, ainda segundo José Roquette, deverá vir a alterar-se nos próximos anos tendo em conta os investimentos e plano de expansão em curso.
Texto de M.ª João Vieira Pinto