Passaria um ano sem comprar produtos para o cabelo?

Os cuidados com o cabelo são uma tendência cada vez maior, com o aparecimento de champôs vegan e uma maior apetência dos portugueses em utilizar máscaras e condicionadores. Mas, em Portugal, 16% dos lares não compra produtos para o cabelo todos os anos.

Segundo a Kantar, este fenómeno justifica-se por vários factores, desde o envelhecimento populacional à maior utilização destes produtos em cabeleireiros ou ginásios. Além disso, fruto dos grandes formatos, muito promocionados, resulta que muitos portugueses acumulem em casa quantidades que lhes permitam passar um ano sem comprar estes produtos.

No último ano, a categoria de produtos para o cabelo não ganhou novos compradores. Ainda assim, registou um dinamismo que levou a que os portugueses gastassem mais dinheiro nestes produtos que em 2018.

Este comportamento explica-se pela performance dos Condicionadores e Máscaras, segmentos de valor acrescentado, que impulsionam o mercado, ao contrário do que acontece com os champôs.

Este cuidado adicional com o cabelo, apesar de em crescendo, tem ainda bastante margem de expansão. Uma vez que se trata de uma tendência essencialmente jovem, a Kantar assegura que ainda existem muitos compradores passíveis de serem convertidos a uma compra cruzada entre os vários segmentos que as marcas de cuidados com o cabelo disponibilizam. Neste momento, um fabricante médio de produtos de cabelo conta apenas com 32% dos seus shoppers a adquirirem os seus amaciadores e 17% a optarem pelos seus tratamentos.

De referir ainda que, no último ano, a percentagem média de lares portugueses que só compra champô em promoção ascendeu aos 42%. Perante este cenário, a Kantar refere que surgiu a necessidade de acrescentar valor (e preço) de outras formas alternativas.

A forma encontrada para o fazer foi a redução do tamanho das embalagens. Cerca de metade das principais marcas do mercado seguiram esta estratégia. Em menos de um ano, a Kantar afirma que os formatos de 300+400ml atingiram máximos de penetração, enquanto os formatos acima de 700ml perderam metade dos compradores que tinham em 2016.

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