Partilha de jornais e revistas nas redes representa perdas potenciais de 3,5 milhões

Só em Setembro deste ano, os meios de comunicação social, em Portugal, podem contar com perdas potenciais superiores a 3,5 milhões de euros decorrentes da partilha de jornais e revistas em redes sociais. O número é apresentado pela Visapress numa campanha nacional que visa alertar, precisamente, para as consequências negativas desta prática ilegal.

A entidade responsável pela gestão colectiva dos direitos de autor imanentes dos jornais, revistas e jornalistas apela ao Governo para que assuma um compromisso com a liberdade de imprensa, criando leis que permitam o combate à pirataria e à partilha de conteúdos editoriais.

«A partilha de jornais e revistas de forma ilegal é um crime que a Visapress está comprometida em combater. Ainda assim, a velocidade do digital e do modelo jurídico vigente tarda em estar adequada», aponta Carlos Eugénio, director executivo da Visapress.

Em comunicado, o responsável lembra ainda que foi interposta uma Providência Cautelar contra o Telegram em Novembro de 2020 «e que é imprescindível que o Projecto-Lei 706, para combate à pirataria, que está neste momento a ser discutido na especialidade na Assembleia da República, suba a plenário para votação final».

A análise da Visapress, elaborada com base nos maiores grupos de Telegram dedicados à partilha de publicações distribuídas em Portugal, mostra ainda que é divulgada uma média de 88 publicações por dia.

A nova campanha contra a partilha de conteúdos editoriais nas redes sociais é de âmbito nacional e estender-se-á à televisão, jornais, rádio e plataformas online.

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