Para onde vamos?
Ao analisar diariamente a situação económica e política em Portugal, lembro-me cada vez mais de uma das célebres frases de Goethe, “quando não se sabe para onde se vai, nunca se vai muito longe”.
E, na realidade, não me parece que hoje em dia alguém saiba para onde vamos.
Assim, o País e a sua economia andam errantes, sem destino marcado, ao sabor de ondas e ventos que sopram nas mais variadas direcções, mas sem qualquer objectivo definido.
Todos os dias nos afundamos mais, todos os dias nos afundam mais. Mas não culpemos os outros, pois os mais culpados somos nós.
Andamo-nos a enganar uns aos outros há muito tempo. Andamos a fingir que está tudo bem. Andamos a fazer de “avestruz”, e à boa maneira portuguesa, a “empurrar com a barriga para a frente”, à espera que alguém resolva.
Mas, e como sempre, chega a um ponto em que não dá para esconder mais, e tudo à volta são espelhos e, por isso, temos mesmo de olhar para nós próprios.
Ao menos aproveitemos este momento difícil para mudar o nosso modo de analisarmos e resolvermos os problemas.
Enfrentemo-los de frente e com o claro intuito e objectivo de os ultrapassar e derrubar, e não de os contornar.
Uma palavra muito especial para o Arq. Souto Moura que, vencendo com todo o mérito o prémio Pritzker 2011 (o Nobel da Arquitectura), prova mais uma vez o valor dos portugueses, e o reconhecimento mundial do que estes são capazes de fazer. Parabéns!
POR RICARDO FLORÊNCIO