Pandemia não ameaça orçamento de Natal dos europeus mas empurra-os para o online
Portugal não é o único país onde os consumidores se mudaram para o online para dar a volta às restrições impostas pela pandemia de COVID-19 e, além disso, cumprir as recomendações de distanciamento. Trata-se de uma tendência transversal, de acordo com o mais recente estudo da Kaspersky.
Olhando especificamente para o período da quadra festiva, os consumidores europeus tencionam gastar mais na Black Friday e comprar online: três em cada cinco (60%) afirmam estar a planear fazer a maior parte das suas compras de Natal online. Um quinto (20%) revela mesmo que este ano fará todas as suas compras festivas online, apesar de não estar habituado a fazê-las desta forma.
A mesma análise mostra que a maioria dos consumidores não deverá diminuir as suas despesas de Natal, embora a crise sanitária tenha resultado também numa crise económica. Só 26% planeia reduzir os seus gastos de Natal este ano, sendo a principal razão precisamente o impacto financeiro causado pela pandemia.
Junto dos jovens entre os 25 e os 34 anos, este número sobe para 30%. Segundo a Kaspersky, é o grupo etário que mais perdeu o seu emprego na sequência da pandemia.
«Estes períodos festivos são sempre muito importantes e este ano ainda se tornam mais, uma vez que as pessoas procuram compensar agora algum do caos que a pandemia provocou ao longo de 2020», afirma David Emm, investigador principal de Segurança da Kaspersky.
O responsável sublinha também que «é evidente que os consumidores procuram fazer a maior parte das suas compras online, na tentativa de se manterem seguros, mas também por não querem perder as promoções». Com o aumento do tráfego e das compras online, David Emm recomenda que os consumidores prestem atenção a possíveis fraudes ou burlas, tendo em atenção que «se algo parecer demasiado bom para ser verdade, provavelmente é».
No geral, cerca de metade dos consumidores europeus planeia fazer mais compras de Natal em dias de saldos, incluindo a Black Friday, em comparação com os anos anteriores. Por outro lado, 34% tenciona deixar as suas compras de Natal para a última semana. O objectivo é conseguir descontos ainda maiores.