Pandemia acelera digitalização da Coca-Cola: «Aspiramos ser o melhor parceiro online»
A Coca-Cola European Partners viu o negócio ser abalado com a pandemia, considerando o encerramento generalizado dos pontos de venda do canal Horeca durante semanas. E mesmo agora que a economia já começa a reabrir em alguns países, as dificuldades mantêm-se, já que muitos clientes continuam a trabalhar a abaixo da capacidade habitual.
Isso mesmo confirma Damian Gammel, CEO da Coca-Cola European Partners, no relatório que dá conta dos resultados da empresa no primeiro semestre do ano. Segundo o responsável, junta-se ainda a forte pressão do consumo “on the go”, que também impede um regresso ao normal pré-Covid-19.
«Estamos centrados em aproveitar as nossas capacidades para impulsionar uma sólida recuperação durante o segundo semestre e confiamos no futuro do nosso negócio, impulsionado pelos nossos esforços nas áreas de sustentabilidade e digital», adianta o CEO, acrescentando que o novo coronavírus veio reforçar a determinação da empresa no sentido de avançar mais rápido e construir um futuro melhor para a operação, mas também para as pessoas e para o planeta.
Diz Damian Gammell que o potencial digital da Coca-Cola European Partners permite que a empresa continue a ser líder e tenha capacidade de enfrentar as mudanças em curso na sociedade e nos hábitos de consumo. «Estamos a avançar a bom ritmo e aspiramos ser o melhor parceiro online do comércio de retalho, das plataformas de delivery, assim como o parceiro B2B online mais eficiente para clientes grossistas», sublinha.
No conjunto dos mercados de Portugal, Espanha e Andorra, a Coca-Cola European Partners registou receitas de 917 milhões na primeira metade do ano, menos 28,5% do que no período homólogo de 2020. O relatório mostra ainda que as receitas por caixa foram impactadas pelo mix de canais devido ao encerramento do canal Horeca e à debilidade do consumo imediato,. Além disso, verificou-se um mix de embalagens negativo (queda de 85% no vidro, por exemplo).