Pandemia acelera aposta em criatividade in-house

De acordo com um relatório da World Federation of Advertisers (WFA) e do The Observatory International, a pandemia acelerou a tendência de apostar na criatividade in-house, uma estratégia já adoptada por 57% das empresas multinacionais.

O relatório “Global Trends in Creative In-Housing”, que contou com a participação de 53 anunciantes, concluiu que a pandemia de Covid-19 demonstrou a importância da agilidade aquando da criatividade assegurada pelas próprias marcas. O relatório apura que 57% dos inquiridos conta com uma agência in-house e 17% equaciona criar uma. Os principais motivos para optar por essa aposta prende-se com eficiências ao nível de custos (30%), melhor integração (64%) e um melhor conhecimento da marca (59%).

Com a pandemia, as marcas foram obrigadas a uma maior agilidade para aumentar a eficiência do trabalho desenvolvido, acentuando a relevância da criação de recursos in-house. Segundo o estudo, ao longo do último ano, 82% das equipas in-house afirmam ter visto o seu volume de trabalho aumentar.

«O que este inquérito destaca é a necessidade de definir, de forma clara, os papéis, responsabilidades e clareza do trabalho de cada agência, seja externa ou in-house. Havendo um desequilíbrio nos processos de trabalho cria problemas e desafios implica que nenhuma dessas opções seja rentabilizada ao máximo», afirma Stephan Loerke, CEO da WFA.

De acordo com o relatório, nos últimos cinco anos foram criadas 74% das agências in-house. No ano passado, empresas como a Nestlé e a Hertz adoptaram esta estratégia.

Apesar da tendência, o estudo apura que 95% dos anunciantes continua a trabalhar com agências externas mas cerca de 37% dos outputs criativos são oriundos das equipas in-house. As marcas com agências in-house continuam predispostas aos inputs das agências externas, com 40% das marcas a afirmar que permitem pitches entre agências internas e externas.

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