Pandemia: 1 em cada 5 portugueses subscreveu serviços de informação ou entretenimento
O período de confinamento imposto na sequência da pandemia de COVID-19 alterou os hábitos e padrões de consumo de media dos portugueses. Um estudo realizado pelo OberCom e pela Intercampus mostra que um quinto dos portugueses subscreveu pelo menos um novo serviço de informação ou entretenimento online de que não dispunha antes.
Os serviços de streaming estão entre os que mais cresceram, uma vez que 40,7% dos portugueses que subscreveram um novo serviço online aderiu a plataformas como Netflix ou HBO. Por outro lado, 11,9% subscreveu um serviço de streaming de música e 8,9% passou a pagar por notícias em formato digital.
A Geração Z foi a que mais alterou os seus hábitos de consumo de media, com mais de metade a afirmar que viu mais conteúdos em plataformas de streaming de vídeo.
O estudo salienta “a elevada taxa de retenção destes produtos”. Embora o Estado de Emergência já tenha terminado há semanas, 84,4% diz que não irá cancelar algum dos novo serviços subscritos.
Questionados sobre que produto escolheriam caso lhes fosse oferecida uma subscrição gratuita, 27,8% dos portugueses optaria por um serviço de streaming de vídeo, 18,5% preferiria canais premium disponíveis no seu serviço de televisão paga e 9,7% software ou aplicações com fins educativos. Só 7,1% escolheria notícias em formato digital.
Videoconferência cresce mas meios tradicionais descem
55,5% dos portugueses afirma que entre os seus consumos mediáticos, os serviços de videoconferência foram os que registaram mais mudanças: 91% indica que utilizou mais estes serviços durante o confinamento do que antes. “Este aumento e utilização mais intensiva compreende-se pelo aumento do teletrabalho e também das aulas online, que acabaram por ser opção para universidades e escolas de todos os graus de ensino”, explica o OberCom e a Intercampus.
O aumento da utilização de serviços de videoconferência foi transversal a todas as gerações, com aumentos significativos a um nível geral: Geração Z registou um crescimento de 44,4%, a Geração X e os Millennials de 54,5% e os Boomers de 43%.
Em sentido inverso, a rádio e os jornais em papel foram particularmente afectados pelo novo coronavírus. O digital ganhou espaço e as alternativas online substituíram os meios mais tradicionais.