Pais portugueses são dos mais rígidos da Europa. Como aborda a educação do seu filho?

Portugal é um dos países com os pais mais rígidos na Europa, conclui um novo estudo da My Nametags, empresa fabricante de etiquetas. De acordo com os dados, mais de metade dos pais portugueses (57%) concorda que adopta uma abordagem firme à educação dos filhos, assumindo regras claras. A República da Irlanda é a mais indulgente, apesar de a percentagem chegar aos 44%. No que toca às brincadeiras, os portugueses são os mais propensos a serem criativos.

O estudo demonstra que os portugueses assumem a abordagem mais exigente na educação das crianças em muitos aspectos do dia-a-dia. Mais de metade (55%) espera que os filhos ajudem nas tarefas domésticas, enquanto 42% dos pais britânicos tem esta expectativa. Ainda assim, os holandeses superam os portugueses na abordagem mais restrita, com 58% a assumir uma abordagem firme, estabelecendo regras estritas e claras às suas crianças.

Os portugueses também são relutantes em serem flexíveis com as regras que estabelecem. Por exemplo, na Europa são os que menos deixam as crianças ficar acordadas depois da hora de dormir, mesmo em ocasiões especiais.

Mas, embora os pais portugueses estejam entre os mais rígidos, também são mais propensos a estar em contacto com os filhos em momentos como brincar com jogos imaginativos, mostrando que regras bem definidas não são necessariamente sinónimo de uma abordagem fria à parentalidade. Os holandeses são menos susceptíveis de brincar com os filhos – apenas 38% afirma participar nas brincadeiras. Em vez disso, os holandeses focam-se mais em ensinar competências práticas, como cozinhar ou andar de bicicleta.

As influências nos pais modernos também diferem em toda a Europa. Os pais portugueses são mais afectados pelas redes sociais (56%), enquanto 48% dos belgas diz que os outros pais na escola dos seus filhos tiveram o maior impacto no seu estilo de parentalidade. No que toca à influência da educação que os pais receberam, 8 em cada 10 britânicos admitem que o que não gostaram na sua própria educação tem tido o maior impacto, e 73% dos pais portugueses diz ter uma abordagem à educação diferente da que receberam dos próprios pais.

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