País de inventores: registo de patentes em Portugal aumenta quase 11% entre 2020 e 2021
Quantas novas patentes nacionais existem? É a esta questão que a 2.ª edição do barómetro da Inventa, consultora especializada em propriedade intelectual, intitulado “Patentes Made in Portugal 2021”, responde. De forma geral, o País subiu nove posições no ranking europeu de pedidos de patente entre 2001 e 2019, o que corresponde a um aumento de sete vezes – passou de 305 pedidos para 2150. Entre 2020 e 2021, a taxa média de crescimento anual de pedidos com origem em Portugal foi de 10,8%.
Os sectores farmacêutico, de engenharia civil, de tecnologias médicas e da química orgânica fina são os que mais se destacam nos pedidos de patente com origem em Portugal, embora invenções relacionadas com tecnologias computacionais e comunicação digital estejam em ascensão.
Quanto aos principais requerentes com pedidos submetidos em 2020, a Universidade do Minho e a Universidade do Porto dividem a liderança no número de invenções apresentadas. Já o Grupo Bosch em Portugal, que, em 2019, estava posicionado em 7.º lugar, teve um crescimento de 131% no número de famílias de patentes este ano.
E numa análise feita às regiões portuguesas, mais especificamente a pedidos submetidos no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), assiste-se a um crescimento de 90,3% no Alentejo quando comparado com 2019. Por sua vez, as regiões Centro e Norte tiveram aumentos de 8,1% e 7%, respectivamente, ao passo que o Algarve registou um decréscimo na ordem dos 69,6%, a Madeira de 28,6% e a Área Metropolitana de Lisboa de 21,3%.
De acordo com este barómetro, em relação aos pedidos de patente apresentados, entre 2001 e 2019, cerca de 29% do somatório de pedidos (19.631 com origem em Portugal, apresentados no nosso país ou no estrangeiro) foram concedidos, tendo Portugal alcançado uma taxa média de crescimento anual de concessões de 10,3%. Esta taxa de crescimento foi superior a outros países europeus, tais como o Reino Unido (3,4%), Alemanha (3,7%), Espanha (3,8%), Grécia (3,8%), França (3,9%), Itália (7,5%) ou a Polónia (8,3%).