Os social media são o word of mouth com esteróides

brian-fetherstonhaughExperience, Everywhere, Exchange e Evangelism são os quatro E’s que vieram roubar o protagonismo dos tradicionais quatro P’s. A novidade é que o consumidor está no controlo para sempre. Às marcas resta-lhes aprender a dialogar com ele.

Com um percurso que começou na Procter & Gamble (P&G), no mercado local do Canadá, hoje Brian Fetherstonaugh é CEO da OgilvyOne Worldwide. Em entrevista explica que já não estamos longe de ter no nosso dia-a-dia situações como as retratadas no filme “Minority Report”, onde há mensagens personalizadas para cada consumidor. Detectar o sexo do consumidor é já uma realidade em alguns ambientes experimentais.

Começou a carreira na Procter & Gamble. Como é que isso o influenciou?

Gostei muito de trabalhar na Procter & Gamble. Foi um excelente sítio para começar no marketing. Aprendi três coisas: eles acreditam realmente nas marcas, constroem-nas e fazem-nas viver por um longo período; acreditam bastante na formação, exigem das pessoas como se estas fossem um CEO, não lhes pagam como um CEO, mas apresentam desafios desde o primeiro dia, obrigando-as a pensar e a dar sugestões; são também muito focados em resultados. Trabalhei com eles cerca de cinco anos e percebi que era o lado criativo e de comunicação o que mais me interessava. Por isso tentei encontrar um sítio que tivesse lovemarks, procura de resultados e criatividade. Isso levou-me à Ogilvy & Mather.

Na P&G trabalhou com a Ogilvy?

Não. Não era uma das agências de publicidade. Eram bastante conhecidos no Canadá. Encontrei um cargo na altura e desde então tive vários cargos diferentes, em vários países… Tenho um grande apetite pela mudança.

Acredita que ter trabalhado na P&G o ajudou a executar as variadas tarefas?

Sim. Acredito que neste negócio o cliente do marketing é o consumidor. E ter alguns insights do que o consumidor está a pensar e a fazer é uma grande vantagem, para não dizer uma necessidade. É completamente verdade agora que o mundo se torna digital que é preciso ver e sentir como o consumidor. Ele dá-nos todas as respostas. Se alguma coisa é importante o consumidor vai dizer-nos. Se pensamos que os telefones móveis não são importantes, garanto-lhe que os consumidores nos vão dizer que estamos errados. Se acha que o Facebook ou o Twitter não é importante, pergunte a um jovem português de 25 anos. Eles dizem-lhe. Essa lição de pensar, sentir como o consumidor, é uma boa lição de vida.

PARA LER O ARTIGO NA INTEGRA CONSULTE A EDIÇÃO IMPRESSA Nº168

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