Os quatro C’s do Facebook
O Facebook é uma comunidade com 2,7 mil milhões de utilizadores, 90 milhões de negócios, dos quais sete milhões utilizam os serviços de publicidade da plataforma. E, para estes, o Facebook nomeia quatro C’s a reter: curadoria, comunidade, conversação e comércio.
Na sessão Facebook Ads Deep Dive, nos escritórios do Facebook em Londres, vincou-se que nunca tivemos acesso a tanta informação como hoje. Mas, enquanto utilizadores, esperamos que a mesma nos chegue de acordo com as nossas necessidades e preferências. É aqui que entra a componente da curadoria, podendo os anunciantes, através da segmentação, personalizar os conteúdos para os clientes, apresentando-lhes conteúdo do seu agrado.
Sobre a comunidade, a colocação dos grupos no feed do Facebook foi uma das alterações que sugiram na última actualização da plataforma. Segundo a empresa, a intenção é reforçar o Facebook enquanto plataforma que prioriza os grupos e as comunidades. E convém sublinhar que os grupos permitem reunir um elevado número de pessoas que partilham um ou mais interesses, havendo um enorme potencial para as marcas, dado que se trata de uma segmentação da audiência.
Quanto às conversas, o Facebook regista um volume de mensagens cada vez maior. Todos os anos, são trocadas 20 mil milhões de mensagens entre utilizadores e negócios. E, quando acontece, há 50 por cento mais de hipóteses de se tornarem clientes. Devem as marcas, portanto, apostar numa comunicação rápida e eficiente com os potenciais clientes.
No que respeita ao comércio, de acordo com as estatísticas do Facebook, 83 por cento dos utilizadores dizem que se tiverem uma primeira má impressão, não voltarão a ter contacto com a marca. É, por isso, fundamental apostar num grande trabalho criativo e recompensar os utilizadores pelo seu interesse.
Além disso, todo o processo de compra tem de ser o mais eficiente possível. No último ano, nos EUA, 213 mil milhões de dólares foram deixados nos carrinhos online dos utilizadores, referentes a compras que não chegaram a ser concluídas. Há, portanto, potencial para crescer ainda mais em termos de vendas.
A pensar neste assunto, o Facebook lançou o Instagram Checkout. O objectivo é facilitar o processo de compra, in app, tornando-o mais simples, com o mínimo de toques possíveis até concluir a compra. A título de exemplo, a Adidas utilizou esta estratégia e registou um aumento de 40 por cento nas vendas.
Quanto a novidades, o dispositivo Portal, concebido para a comunicação à distância, será lançado em Outubro. E também o Oculus vai receber uma nova versão, desta feita apelidada Quest.
Para o futuro, depois da boa aceitação da realidade aumentada pelos utilizadores do Facebook (mais de um milhar de milhão de pessoas usaram esta tecnologia na plataforma, no último ano), a próxima grande tendência será a realidade virtual.
Texto de Rafael Paiva Reis