Os 250 maiores retalhistas do Mundo cresceram 4,4%. Jerónimo Martins e Sonae integram a lista

O relatório “Global Powers of Retailing 2021” mostra que os 250 maiores retalhistas do Mundo geraram receitas agregadas de 4,58 milhões de milhões de dólares no ano fiscal de 2019 (incluindo exercícios encerrados a 30 de Junho de 2020). Trata-se de um crescimento de 4,4%.

A análise, elaborada pela Deloitte, revela ainda que a participação dos 10 maiores retalhistas na receita total do top 250 aumentou para 32,7%, em comparação com os 32,2% registados no ano anterior. Por outro lado, o crescimento da receita dos retalhistas do Top10 no ano fiscal de 2019 caiu 1,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior, para 4,4%.

Walmart, Amazon, Costco, Schwarz Group e Kroger ocupam os primeiros lugares do ranking global, o que significa que os Estados Unidos da América lideram o mundo do retalho. Do top 10, sete são empresas sediadas neste país.

Ainda assim, a Europa tem o maior número de retalhistas no top 250, somando um total de 87 empresas sediadas na região. Destas contas fazem parte duas organizações portuguesas: Jerónimo Martins, que manteve a 50.ª posição, e a Sonae, que se fixa no 158.º lugar.

Segundo a Deloitte, a receita mínima para uma empresa entrar no ranking é de 4 mil milhões de dólares. No ano passado, a fasqui era mais baixa e ficava-se pelos 3,9 mil milhões.

Ainda no que a regiões diz respeito, o “Global Powers of Retailing 2021” indica que os retalhistas norte-americanos contribuíram com quase metade da receita total e que tiveram a maior receita média de retalho – 28,6 mil milhões de dólares. A média do top 250 é de 19,4 mil milhões de dólares.

«O sucesso no combate à pandemia vai determinar o rumo da economia global no próximo ano. Os desafios do retalho passam por uma forte aposta no comércio electrónico e pelos discounters. Conforme resulta do estudo, cinco dos dez principais retalhistas que registaram um crescimento mais acelerado são retalhistas online e sete das 20 empresas com maior crescimento são discounters», aponta Duarte Galhardas, partner da Deloitte.

Como evoluem os retalhistas portugueses?

Na 50.ª posição, a Jerónimo Martins é a retalhista portuguesa com o melhor resultado nesta lista, tendo crescido 7,5% e registado receitas consolidadas de 20,860 mil milhões de dólares, no ano fiscal transacto. Recorde-se que o grupo detém as insígnias Pingo Doce e Recheio em Portugal, Biedronka e Hebe na Polónia, e, ainda, Ara na Colômbia. O mesmo relatório mostra que o crescimento anual médio das receitas da Jerónimo Martins, entre 2014 e 2019, é de 8%.

A Sonae, que detém o Continente, ocupa a 158.ª posição, verificando-se um aumento de 7% nas receitas consolidadas registadas no ano fiscal anterior – 7,202 mil milhões de dólares. No período de 2014 a 2019, obteve um crescimento anual médio nas receitas de 5,4%.

Sérgio Cardeira, partner da Deloitte, acredita que, apesar da pandemia e do período de grande transformção, mercado retalhista português «continua a ter enormes oportunidades de optimização na experiência de cliente nos diversos touchpoints das marcas, sobretudo no comércio online e mobile».

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