OpenAI apresenta o3: o modelo de IA que se aproxima do raciocínio humano

A OpenAI deu um passo significativo rumo à Inteligência Artificial Geral (AGI) ao revelar o seu mais recente modelo: o o3. Este novo modelo alcançou resultados equivalentes ao nível humano numa prova-padrão projetada para medir “inteligência geral”. O anúncio, feito a 20 de dezembro de 2024, posiciona o o3 como um dos avanços mais promissores na evolução da inteligência artificial.

O modelo o3 destacou-se no benchmark ARC-AGI (Autonomous Research Collaborative Artificial General Intelligence), uma avaliação concebida para medir a capacidade de uma IA de se adaptar e generalizar a partir de poucos exemplos, tal como um humano faria. Até agora, nenhum modelo tinha ultrapassado os 55% de capacidade nesta prova. O o3, no entanto, obteve uma pontuação de 85%, equiparando-se à média humana.

Por que este avanço é importante?
O desempenho do o3 vai além da mera memorização ou correspondência de padrões, típicos de modelos tradicionais. Segundo os especialistas, o modelo demonstrou competências notáveis em áreas como matemática e programação, que exigem raciocínio abstrato e criatividade — grandes desafios para sistemas de IA.

Apesar dos resultados, a comunidade científica mantém algum ceticismo. François Chollet, criador do ARC-AGI, alerta que, embora o o3 seja promissor, ainda é necessário avaliar se consegue abordar todos os aspetos do raciocínio humano de forma consistente.

A tecnologia por detrás do o3
O o3 baseia-se num método inovador de “síntese de programas”, permitindo-lhe resolver problemas inéditos sem ter sido previamente treinado para eles. Ao contrário dos modelos anteriores, que dependem de grandes volumes de dados, o o3 demonstra uma capacidade única de “pensar” antes de responder, imitando o comportamento humano.

Além de tudo isto, o potencial do o3 para transformar indústrias é enorme. Áreas como medicina, educação e engenharia poderão beneficiar significativamente de uma IA capaz de resolver problemas complexos. Contudo, este avanço levanta questões éticas e de segurança, nomeadamente no que respeita ao impacto de máquinas que rivalizem — ou superem — as capacidades cognitivas humanas.

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