O seu filho anda às aranhas com a matemática? Não está sozinho

O ano de 2024 arrancou com um aumento de 262% na procura por explicadores em Portugal, em comparação com o mês anterior. Segundo uma análise da plataforma de contratação de serviços Fixando, este fenómeno reflecte uma necessidade por apoio académico que está a preocupar professores e explicadores.

No entanto, os centros de explicações e professores particulares não estão a conseguir dar resposta à enchente de pedidos e apenas 52% dos encarregados de educação conseguiu encontrar um profissional disponível para o seu educando nas primeiras semanas de Janeiro.

Apesar de a procura registada neste período se concentrar nos distritos de Lisboa, Setúbal e Porto, as dificuldades em encontrar explicadores são mais evidentes nos distritos de Évora, Leiria, Santarém e Coimbra, onde a oferta é mais reduzida.

As explicações para vários disciplinas são as mais procuradas (44%), seguindo-se os pedidos de aulas para matemática do ensino secundário (13%) e matemática de 3.º ciclo (8%), uma disciplina que tem causado mais preocupação por parte de professores e encarregados de educação.

Ao analisar a distribuição por níveis de ensino, a Fixando constata que 40% dos pedidos de explicações é para alunos do ensino secundário, seguido por 22% do ensino universitário, 15% do terceiro ciclo, 14% do ensino primário e 6% do segundo ciclo.

Muitos alunos e explicadores têm também recorrido a sessões de explicação por videochamada o que tem permitido colmatar o aumento da procura. Esta abordagem tem proporcionado uma alternativa flexível e conveniente para os estudantes, permitindo-lhes ter aulas individuais no conforto de casa, ao mesmo tempo que optimizam custos em comparação com centros de estudos tradicionais.

«Estes dados denotam uma clara inquietação das famílias com os resultados escolares dos jovens e o sector está a fazer os possíveis para dar uma resposta adequada. Apesar do desequilíbrio entre a oferta e a procura, verificamos que os preços praticados não subiram, em relação à média do ano passado», diz, em comunicado, Alice Nunes, directora de Novos Negócios da Fixando.

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