O que vai mudar no próximo fim-de-semana de Rock in Rio após queixas?
Foi com expectativa que muitos festivaleiros marcaram presença no fim-de-semana de abertura do Rock in Rio Lisboa, no 20.º aniversário do festival em Portugal. O que mais aguçava a curiosidade era, provavelmente, a mudança de local do Parque da Bela Vista para o Parque Tejo, onde se realizou a Jornada Mundial da Juventude, em 2023.
Mas nem tudo foi positivo, já que o número de reclamações relacionadas com o festival ultrapassou em 97% as queixas geradas na edição de 2022, indicam as ocorrências publicadas no Portal da Queixa.
Entre os principais motivos de reclamação destacam-se problemas com bilhete, a motivar 32,8% das ocorrências. Já a falta de organização soma 15,5% das queixas, onde são relatados problemas para aceder ao recinto do evento, sobrelotação, filas, etc.
Na origem de 8,6% dos casos registados está a má qualidade do som e 6,9% refere-se à alimentação, onde são denunciados casos de alimentos e água retidos na entrada do evento, falta de comida e valores abusivos.
Nas redes sociais, muitos festivaleiros queixaram-se também do tempo de espera dos shuttles concedidos pela organização do Rock in Rio Lisboa para os levar da Gare do Oriente ao recinto e vice-versa. Várias publicações falam em filas de espera de 1 hora para entrar no autocarro e outras tantas mencionam um tempo superior para sair do recinto no final dos concertos.
Tudo isto ganhou uma nova dimensão quando a vocalista dos The Gift, Sónia Tavares, revelou na sua página de Instagram ter sido expulsa da Área VIP por ter comido um croquete e bebido uma cerveja. A artista estava ao serviço da SIC Caras ao lado de Bárbara Guimarães, que teve o mesmo tratamento e pelas mesmas razões.
Em comunicado, a organização pediu desculpas no dia seguinte, lamentando “o excesso de rigor e falta de sensibilidade da equipa no momento da abordagem a Sónia Tavares e Bárbara Guimarães”.
O que vai mudar nos dias 22 e 23 de Junho?
Feito o rescaldo do primeiro fim-de-semana de evento, a organização admite, em entrevista à SIC, ser necessário fazer ajustes. Como tal, os acessos serão melhorados, mas Roberta Medina revela que à saída é feita a operação Stop & Go, onde os seguranças param o fluxo de saída para permitir que aqueles que já estão no exterior possam afastar-se de forma tranquila.
No que toca às casas de banho, a gestão será reforçada para impedir que as filas cresçam e, embora existam mais 17 espaços de alimentação relativamente à Bela Vista, a organização do recinto será melhorada para o segundo fim-de-semana.