O poder do podcast no brand awareness interno e externo

Por Liliana Marques, Fundadora e CEO da Escola Portuguesa de Podcasting

O podcast não é uma moda, chegou há cerca de 20 anos e veio para ficar. Prova disso são os 2,4 milhões de portugueses que, de acordo com a última análise da Marketest, dão conta que têm por hábito ouvir podcasts.

Este formato conquistou-nos a todos pela sua praticidade, podendo ser utilizado por todos nós enquanto fazemos outras actividades. Eu já não me imagino a fazer as minhas corridas sem a minha companhia preferida: os meus podcasts. Substitui a rádio em muitas viagens e ajuda muito até nas tarefas domésticas “mais chatas” a tornarem-se mais leves.

Está à distância de um clique, quer seja no desktop ou no smartphone. É um conteúdo presente em cada vez mais plataformas (Spotify, Applepodcast, Youtube, Audible, Castbox, Popcast…). Para muitos serve para passar o tempo e descontrair enquanto ouvem os mais badalados humoristas a abordarem os vários temas da actualidade. Para outros é um momento de inspiração para escutarem – e verem no formato videocast que está em crescendo – pessoas mais ou menos comuns a contar as suas histórias.

É ainda utilizado para viajar nas asas das histórias criativas, assustadoras ou da vida real, de podcasters mais ou menos conhecidos. Mas é também uma forma diferente de aprender e de estar mais próximos de técnicos, especialistas e gurus, que partilham as suas paixões e trabalho. Para mim e para 2,4 milhões de português, esta é uma das formas preferidas, práticas e impactantes para nos inspirarmos e aprendermos.

O podcast é, por isso, uma ferramenta multifunções que qualquer empresa, marca ou instituição pode – e deve! – utilizar. É um verdadeiro “camaleão da comunicação” que se adapta a diferentes momentos, contextos, formatos, targets, objetivos e timings de comunicação.

Pode ser utilizado nas comunicações externas das empresas, integrando a sua estratégia de maketing e aumentando o seu brand awareness e alcance, contribuindo para a formação de uma comunidade, sendo uma forte alavanca para aumentar a autoridade e a notoriedade das mesmas. Mas, pode ser muito mais do que isso.

E refiro-me, em concreto, a uma tendência que se está a implementar fortemente nos mercados internacionais e a ganhar grande tração em Portugal e que, estou certa, vai sofrer um push considerável em 2025:  ser uma ferramenta de comunicação interna substituindo ou complementando as newsletters e tvs internas, sendo utilizada para simplificar o acesso à formação e informação, facilitar processos de comunicação entre departamentos até acolher novos elementos de equipa. Há uma infinidade de possibilidades.

As suas formas de implementação e de utilização podem ser variadas e até hipersonalizadas – podcasts totalmente desenhados, pensados e implementados tailor made seja para grandes ou pequenas empresas, B2C ou B2B, para nichos ou para massas, para temas simples ou complicados – mas a intenção é sempre a mesma, a de potenciar, aproximar e humanizar a comunicação.

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