O Poder de Marcar Alguém – Ser Auxiliar de Educação Infantil e Babysitting

Pode-se afirmar que cada um de nós tem gosto em saber que, de um modo positivo, marcou alguém que tem ou teve importância para a vida de alguém. Concorda?

Ter verdadeira importância na vida de um indivíduo tem uma continuidade e relevância ainda maior quando se trata de crianças. Os elementos aprendidos no curso de formação de Auxiliar de Educação Infantil e Babysitting possibilitam que se posicione no terreno profissional, tornando-se num dos elementos mais marcantes na vida de cada criança.

Cada um de nós tem o poder de marcar as pessoas que nos rodeiam. Uns marcam-nos mais que outros. Há quem nos marque, por algo que fez ou algo que disse, mas rapidamente nos esquecemos – nessas situações podemos sentir o impacto que esta pessoa tem em nós. Há quem nos marque para a vida e, passe o tempo que passar, nunca nos esquecemos – nestas situações sentimos o impacte que cada pessoa tem em nós. Já se perguntou “Porquê? Porque é que alguém nos consegue marcar tão profundamente? Como é possível que passados tantos anos me consigo lembrar de cada palavra ou de cada ação de determinada pessoa?”.

Este impacto – instantâneo, imediato e muito provavelmente não entendido no momento – pode tornar-se a origem de uma memória que acompanhará toda a nossa vivência, passando a ter um significado inexplicável na nossa vida diária, um pedaço de nós.

Um dos melhores exemplos: Recorda-se da Educadora e da Auxiliar de Educação Infantil da sua sala? Recorda-se da sua Ama ou Babysitter? Do seu Jardim de Infância ou da sua Escola? A resposta será um claro sim. E porquê? Como é possível, se era tão criança ainda?

A memória tem capacidades que desconhecemos, mas é inegável que se apodera do que é importante, do que tem significância, para cada um. Quem cuida e nos acompanha, quem nos mima e nos apoia, tem um lugar especial na nossa mente e aí fica guardada. Guardada na mente, guardada no coração pois a sua atuação teve impacte na nossa construção enquanto indivíduos, na nossa personalidade, sendo assim parte integrante da nossa memória identitária. Este processo tem origem, sobretudo, no profissional da área da Educação Infantil uma vez que o seu trabalho é movido pela paixão e vocação de, diariamente, promover o desenvolvimento e crescimento equilibrado das crianças. Esta promoção é, em simultâneo, dever-função-tarefa do agente educativo – torna-se, assim, no profissional que conhece cada criança como ser único e irrepetível e, como tal, possui os conhecimentos que lhe permitem prever aquilo que é expectável num determinado momento do desenvolvimento de cada menino ou menina. Tal capacidade de previsão fá-lo ser capaz de adequar e aplicar as ações e atividades que melhor promovem o desenvolvimento integral da criança. Esta mesma competência torna os profissionais da Educação em veículos de aprendizagem, de crescimento e evolução.

Mesmo que possam, por vezes, ser imagens ténues, guardar na memória um abraço da pessoa que cuidou de nós, um beijo ou um limpar de lágrimas, um colinho que embala, um verso de uma canção animada, é constatar o impacte que essa pessoa provocou em nós – recordar estes momentos é um agradecimento silencioso que nos aquece o espírito.

Certamente as pessoas que de si cuidaram anteviam o impacte que teriam em si, na sua construção enquanto indivíduo, pois possuíam os conhecimentos e as competências necessárias para serem uma peça fundamental no puzzle da pessoa que ao dia de hoje é. E faziam-no naturalmente. Um trabalho que ainda hoje revela os seus frutos. Incrível, não é?

Vamos: agradeça a quem o mimou, embalou e cuidou, pois, cada ação contribuiu para quem é ao dia de hoje – cada memória resgatada é um Obrigada a quem todo o carinho e amor lhe prestou.

Obrigada, Piedade (Auxiliar de Educação Infantil. Obrigada, Cinda (Ama).

Obrigada, “Minha Lena” (Educadora de Infância).

 

Daniela Fonte, e-Tutora na Formação de Auxiliar de Educação Infantil da Master D.

 

 

 

 

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