O Marketing Digital não tira férias

Por António Alegre, CEO da Páginas Amarelas

Não é novidade que o mundo está cada vez mais dependente da internet. No espaço de apenas uma década, o número de utilizadores portugueses aumentou quase 30% e o número de portugueses a comprar online duplicou para 4,8 milhões, o que tem levado a maior parte das marcas a testar novos canais, ferramentas e abordagens, com porções significativas dos seus investimentos para estratégias integradas de Marketing Digital.

A rotatividade das tendências digitais é, por natureza, elevada e supõe uma reinvenção constante, mas quantas empresas aproveitam a época do Verão para criarem alguma vantagem competitiva? Visto, por muitos, como a silly season, o Verão é, cada vez mais, uma oportunidade para se reformularem presenças digitais e prepararem regressos com impacto em Setembro.

Neste que, à semelhança de 2020, também é um Verão atípico, as PMEs tentam contrariar incertezas e superar constrangimentos, focando-se ao máximo no impulso ao negócio, mas não devem cair no erro de ver a rentrée à distância e deixarem a preparação dos seus planos de Marketing Digital para tarde demais.

Porque para muitas empresas o trabalho feito no Verão vai significar o ‘make or break’ do negócio até ao final do ano, esta é a altura de antecipar a composição dos anúncios que devem canalizar tráfego para o website; de criar os conteúdos que vão reter os visitantes e convidá-los a explorar mais; de carregar o e-commerce com todos os produtos novos a lançar no regresso das férias; de compor os blogposts que vão ajudar a consolidar a estratégia de Search Engine Optimization; de planificar os passatempos a dinamizar nas redes sociais; de fechar parcerias que tragam vantagens diferenciadoras a todos os que, por ora, andam distraídos com as maravilhas que este país oferece no Verão.

Pensemos que, no universo dos gigantes do Marketing, não foi por acaso que a Google, eBay, Netflix, Tinder e Amazon foram lançadas em Setembro. Perante a influência global que granjearam, tanto no mercado como nas vidas de tantos milhões, faz sentido olhar-se para Agosto como um mês de preparação para a rentrée.

Trabalhados internamente ou em coordenação com agências externas, os planos deste Verão vão contribuir para indústrias mais prontas, ambiciosas e, de uma forma global, uma retoma económica mais rápida e substantiva.

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