O impacto do Retail Media nos consumidores
Por Pedro Sousa, Country Manager Adsmovil Portugal
À medida que avançamos em 2024, enfrentamos um cenário publicitário marcado pelo fim das third-party cookies e pelo consequente foco na necessidade de uma publicidade mais ética e centrada na privacidade do consumidor. Mas nem tudo muda e as marcas, por sua vez, precisam de continuar a garantir a possibilidade de aceder a dados personalizados dos seus consumidores para potenciar ao máximo a experiência do cliente.
Neste contexto, o Retail Media emerge não apenas como uma solução inovadora, mas como um pilar fundamental para o sucesso da publicidade digital, aproveitando a first-party data para oferecer uma abordagem omnicanal, que acompanha o consumidor ao longo de sua jornada de compra, maximizando o impacto dos investimentos publicitários, tirando partido de um processo de segmentação baseada em ações de compra específicas de consumidores reais de um determinado segmento, produto ou serviço.
Tendo em conta o complexo contexto atual, onde os hábitos de consumo e comportamentos dos consumidores são, cada vez mais dispersos, o acesso a esta tipologia de dados de segmentação possibilita uma personalização sem precedentes das campanhas, chegando ao público certo, no momento certo, com grande precisão.
E impactar o consumidor no momento certo é também uma vantagem para o mesmo, na medida em que é combatida, em certa medida, a sobrecarga de informação através de ofertas mais direccionadas e feitas à medida para cada utilizador. É uma forma de, através da personalização, fazer comunicações mais valiosas para os consumidores e diminuir a sensação de intrusão das marcas. E, ao integrar os anúncios diretamente nas plataformas de retalho, é proporcionada também uma experiência de compra mais fluída e menos agressiva, impactando no exato momento de predisposição à compra.
Quem também ganha vantagens com este novo modelo são os retalhistas, que são colocados numa posição muito vantajosa, a partir do momento em que se tornam os principais detentores de informações sobre os seus consumidores, permitindo uma colaboração mais estreita com as marcas na criação de experiências publicitárias altamente personalizadas e eficazes.
Esta nova vaga da publicidade digital está a promor uma redefinição do setor, focada em priveligiar a ética e privacidade do utilizador, benéfica tanto para os consumidores como para as marcas e os retalistas, reforçando a necessidade de procurar soluções inovadoras que mantenham a capacidade das marcas de compreender e interagir com o consumidor, mas num contexto de salvaguarda pela privacidade dos utilizadores.